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Home Política

PT pressiona por afastamento de Zambelli e Ramagem na Câmara

02/12/2025
em Política, Destaque, News
Pt Pressiona Por Afastamento De Zambelli E Ramagem Na Câmara - Gazeta Mercantil

Afastamento de Zambelli e Ramagem reacende crise entre Câmara e STF em meio à pressão do PT

A temperatura política no Congresso Nacional voltou a subir após o líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), intensificar as pressões sobre a Mesa Diretora para cumprir, integralmente e sem delongas, decisões já proferidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) envolvendo parlamentares condenados ou considerados foragidos. A disputa institucional ganhou novo capítulo nesta terça-feira, quando o petista anunciou que recorrerá ao Supremo com um mandado de segurança para forçar o afastamento de Zambelli e Ramagem, além de cobrar providências imediatas sobre a situação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que permanece fora do país desde março.

O pronunciamento de Lindbergh no Salão Verde da Câmara expôs uma fratura cada vez mais ampla entre Legislativo e Judiciário. Para o parlamentar, a Casa está “desmoralizando a instituição” ao protelar a execução de decisões que, segundo ele, são claras e não permitem margens interpretativas. O petista acusa a Mesa Diretora de criar mecanismos artificiais para prolongar o mandato de parlamentares já condenados e que, em sua visão, deveriam ter sido afastados automaticamente.

A escalada do conflito ocorre às vésperas do recesso parlamentar, momento sensível do calendário político, e aumenta o risco de um embate frontal entre os poderes caso a situação não seja resolvida de forma célere.

O estopim da crise: decisões do STF ignoradas ou proteladas

A discussão sobre o afastamento de Zambelli e Ramagem ganhou força após a divulgação de dados que apontam inconsistências na aplicação das decisões judiciais pela Mesa Diretora. No caso de Carla Zambelli (PL-SP), o STF determinou o afastamento imediato do mandato após condenação superior a dez anos de prisão. O acórdão, segundo Lindbergh, não abre espaço para qualquer interpretação administrativa ou política. Apesar disso, o processo foi remetido à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que realizou oitivas e instaurou um procedimento que, na visão do petista, “não existe no regimento” e foi criado apenas para retardar a execução da decisão.

Ramagem, por sua vez, foi condenado a 16 anos por participação na tentativa de golpe de Estado e deixou o Brasil rumo aos Estados Unidos, onde permanece foragido. Apesar do bloqueio de salário e da suspensão de benefícios parlamentares, seu gabinete segue funcionando, com assessores remunerados e estrutura ativa, algo que tem gerado forte reação dentro e fora do Congresso.

O caso de Eduardo Bolsonaro também figura no centro da controvérsia. O deputado está fora do país desde março, responde a processo no STF por obstrução de Justiça e acumula faltas que, segundo parlamentares, poderiam levar automaticamente à perda do mandato. Ainda assim, permanece oficialmente no cargo.

Custo aos cofres públicos alimenta indignação

Um dos argumentos mais contundentes apresentados pelo líder do PT diz respeito ao custo gerado pelos gabinetes dos três parlamentares. Mesmo com salários bloqueados e ausência prolongada, os gabinetes de Zambelli, Ramagem e Eduardo Bolsonaro seguem movimentando cerca de R$ 400 mil mensais em recursos públicos, considerando folha de pagamento, despesas operacionais e estrutura administrativa.

Para Lindbergh, o cenário é “inaceitável” e evidencia o descompasso entre decisões judiciais e práticas administrativas. O deputado avalia que a manutenção desses custos, mesmo diante das determinações do STF, reforça a necessidade de ações imediatas por parte da Mesa Diretora.

A repercussão interna tem sido intensa. Parlamentares de diversos partidos expressam desconforto com a situação, especialmente em um momento de forte pressão social por austeridade e transparência na gestão dos recursos públicos. Nos bastidores, há quem considere que o impasse aumenta a percepção de autoproteção corporativa na Câmara, justamente em um período em que o país enfrenta crise política e institucional prolongada.

Mandado de segurança e novo confronto com o STF

Ao anunciar que ingressará com um novo mandado de segurança para garantir o afastamento de Zambelli e Ramagem, Lindbergh buscou dar um passo além das declarações públicas. O instrumento jurídico será direcionado ao presidente da Câmara e à Mesa Diretora, com o objetivo de obrigar o cumprimento integral das decisões do Supremo.

Segundo o petista, o acórdão referente a Carla Zambelli é explícito ao determinar a saída imediata da parlamentar. Para ele, o mesmo entendimento se aplica ao caso de Ramagem, já que o texto da decisão abrange situações equivalentes. “Decisão judicial se cumpre. Se não o fizerem, só temos um caminho: provocar o Supremo”, afirmou o deputado durante a entrevista.

A iniciativa promete acirrar ainda mais o ambiente institucional. No STF, há ministros que já demonstraram preocupação com a demora na execução de decisões envolvendo parlamentares condenados. A persistência do impasse pode abrir espaço para decisões mais duras, caso a Suprema Corte entenda que a Câmara está descumprindo obrigações constitucionais.

Mesa Diretora vive pressão crescente

A direção da Câmara busca equilibrar o cumprimento das decisões judiciais com o ambiente político interno. O presidente da Casa enfrenta pressões de aliados e opositores, enquanto tenta administrar interpretações jurídicas divergentes. Entre técnicos, há quem defenda que a perda de mandato somente pode ser declarada após formalização do rito interno. Já outros afirmam que, no caso de condenações transitadas em julgado, o afastamento deve ser automático.

O embate revela uma crise de natureza institucional, na qual interpretações jurídicas, leitura política e interesses partidários se entrelaçam. A cobrança pelo afastamento de Zambelli e Ramagem tornou-se símbolo desse choque, que se agrava à medida que o recesso parlamentar se aproxima.

Tensões entre Democracia, Judiciário e Legislativo

A crise envolvendo os três parlamentares amplia debates sobre a relação entre Poderes. Para o PT e parte da oposição, a resistência da Câmara em cumprir decisões judiciais compromete a credibilidade da instituição e fragiliza a democracia. Para grupos ligados ao bolsonarismo, por outro lado, o Supremo estaria excedendo suas atribuições, interferindo no Legislativo e produzindo decisões que, segundo eles, deveriam passar por deliberação interna.

Esse conflito revela uma disputa mais profunda sobre a interpretação do papel do Supremo no atual contexto político. O tema já havia emergido em crises anteriores, especialmente durante o julgamento de figuras centrais do bolsonarismo.

A insistência de Lindbergh em defender o afastamento de Zambelli e Ramagem mostra que o PT pretende transformar a questão em bandeira institucional e argumento jurídico. Nos bastidores, aliados próximos afirmam que o partido adotará postura mais dura diante do que considera “resistência irregular” da Câmara ao cumprimento de decisões.

Clima de apreensão no Congresso

A fala de Lindbergh ocorre em um momento de desgaste crescente entre Judiciário e Legislativo. A crise envolvendo os três deputados condenados ou ausentes se desenrola paralelamente a debates sensíveis, como discussão orçamentária, negociações eleitorais e articulações internas que antecedem o recesso.

Parlamentares temem que a disputa institucional se prolongue e gere efeitos colaterais sobre pautas legislativas importantes. Há receio de que a tensão entre Mesa Diretora e STF comprometa votações prioritárias, além de aprofundar divisões internas em um Congresso já fragmentado.

A permanência dos três parlamentares em situação irregular também tem impacto político mais amplo. Em grupos internos, deputados avaliam que o desgaste atinge diretamente a imagem do Legislativo e pode alimentar pressões externas para reformas regimentais ou mudanças na composição da Mesa.

Debate jurídico se intensifica

Juristas ouvidos nos bastidores do Congresso afirmam que a decisão do STF que trata do caso Zambelli é suficientemente clara quanto ao afastamento automático. No caso de Ramagem, o entendimento se inclina na mesma direção, especialmente após o bloqueio de salários e a permanência prolongada no exterior.

Para Eduardo Bolsonaro, a situação é um pouco mais complexa, já que a perda de mandato por faltas exige análise administrativa detalhada. Ainda assim, especialistas apontam que o histórico recente do deputado cria condições para aplicação do regimento, caso a Mesa decida avançar.

A entrada do novo mandado de segurança pode provocar reação imediata do Supremo. Segundo assessores, a Corte acompanha com atenção o impasse e avalia que a demora pode gerar um precedente institucional problemático.

Cenário político para as próximas semanas

Com o acirramento das pressões, o afastamento de Zambelli e Ramagem deverá dominar o debate da Câmara nas próximas semanas. A proximidade do recesso aumenta o senso de urgência e a necessidade de uma solução definitiva, sob risco de prolongar o desgaste em um período eleitoralmente sensível.

O governo acompanha de perto o movimento. Para o Planalto, a resolução do tema é considerada relevante para restabelecer harmonia entre os Poderes e reduzir riscos de contaminação política em pautas econômicas prioritárias.

Enquanto isso, o STF monitora o caso. Ministros têm manifestado preocupação com o prolongamento do impasse e avaliam que a situação exige resposta rápida para garantir cumprimento pleno da ordem judicial.

Um teste para as instituições

O debate sobre o afastamento de Zambelli e Ramagem tornou-se um teste duro para as instituições brasileiras. De um lado, está o princípio constitucional de cumprimento imediato de decisões judiciais. Do outro, a autonomia do Legislativo e suas interpretações internas. Entre ambos, a pressão popular e o questionamento sobre gastos públicos com gabinetes cujos titulares estão ausentes, condenados ou impedidos.

A forma como a Câmara lidará com o mandado de segurança e com o discurso firme de Lindbergh definirá não apenas o desfecho dos três casos em questão, mas também o tom da relação entre os poderes daqui para frente.

Tags: afastamento de deputadosCarla Zambelli condenaçãoEduardo Bolsonaro faltasPT aciona STFRamagem foragidoSTF e Câmara crise

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