Foco no trabalho: o segredo de Jamie Dimon, CEO do JPMorgan, para ser mais produtivo
Em um mundo dominado por notificações, aplicativos e distrações digitais, manter o foco no trabalho tornou-se um desafio até mesmo para os profissionais mais experientes. No entanto, o maior banqueiro do mundo, Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase, revelou uma regra simples que aplica todos os dias para preservar sua produtividade: ele não lê mensagens de texto durante o expediente.
A prática pode parecer trivial, mas reflete uma filosofia poderosa sobre como o controle da atenção é o ativo mais valioso para qualquer líder — e um dos pilares do sucesso em grandes corporações.
A rotina de Jamie Dimon e o valor da atenção plena
Jamie Dimon, que lidera o maior banco dos Estados Unidos há quase duas décadas, explicou que mantém o celular no modo silencioso e sem notificações enquanto trabalha. Ele evita levar o aparelho para reuniões e prefere deixá-lo no escritório, longe do campo de visão, reduzindo a tentação de checar mensagens constantemente.
Essa rotina, segundo ele, nasceu da necessidade de manter a mente limpa para decisões estratégicas, já que o trabalho de um CEO exige concentração total, clareza e discernimento em situações complexas.
O princípio por trás desse hábito é simples: quanto mais estímulos o cérebro precisa processar, menor é sua capacidade de concentração profunda. Dimon entende que o uso compulsivo do celular não apenas interrompe o fluxo de raciocínio, mas também drena energia mental — um recurso escasso e valioso.
Foco no trabalho: o antídoto para a distração digital
Nos últimos anos, estudos em neurociência e produtividade confirmaram o que líderes como Dimon já intuíam. O cérebro humano precisa de cerca de 25 minutos para retomar o mesmo nível de concentração após uma interrupção. Notificações de e-mail, mensagens instantâneas e redes sociais, portanto, criam uma sequência interminável de microdistrações que reduzem o desempenho e aumentam o estresse.
Para o executivo, atenção é uma vantagem competitiva. Em um ambiente corporativo em que decisões valem bilhões, cada minuto de distração pode representar um erro estratégico. Sua filosofia de trabalho se baseia em eliminar ruídos, priorizar o essencial e garantir presença total em cada atividade — um conceito próximo ao da atenção plena (mindfulness).
A etiqueta corporativa e o respeito ao tempo
Jamie Dimon também critica a falta de etiqueta no ambiente corporativo, especialmente em reuniões. Para ele, o uso de smartphones durante conversas de trabalho é um sinal de desrespeito e falta de foco coletivo. Ele defende que olhar para telas enquanto alguém fala transmite a mensagem de que o conteúdo da reunião é secundário.
Segundo o banqueiro, o tempo é o recurso mais caro dentro de uma empresa — e desperdiçá-lo com distrações digitais compromete a qualidade das decisões e o engajamento das equipes. Por isso, ele adota uma postura rigorosa: em seus encontros, nenhum dispositivo deve estar sobre a mesa.
Como aplicar a lição de Dimon no dia a dia
O segredo do foco no trabalho, segundo Dimon, não está em técnicas complexas, mas em pequenas mudanças de comportamento que geram grandes resultados ao longo do tempo. Veja como adaptar seus hábitos com base nas práticas do CEO do JPMorgan:
1. Desative notificações não essenciais
Limite os alertas do celular e do computador apenas ao que for realmente urgente. O ideal é definir horários específicos para checar mensagens ou e-mails.
2. Crie uma “zona de foco”
Reserve períodos do dia para trabalhar sem interrupções — sem celular, sem e-mails e sem multitarefas. Esses blocos de concentração profunda aumentam a produtividade e reduzem erros.
3. Estabeleça limites tecnológicos
Se possível, mantenha o celular fora da mesa de trabalho durante momentos de concentração ou reuniões. A distância física ajuda a reduzir a ansiedade digital.
4. Dê o exemplo
Líderes que demonstram controle sobre o próprio tempo inspiram equipes mais focadas. Empresas que valorizam a concentração constroem ambientes mais eficientes e menos estressantes.
5. Lembre-se do propósito
Evitar distrações não é apenas sobre produtividade, mas sobre qualidade de vida. Quanto menos interrupções, maior é a clareza mental e a sensação de realização no fim do dia.
O cérebro e o impacto das interrupções
Pesquisas apontam que o excesso de estímulos digitais reduz a capacidade de memória de trabalho, responsável por processar informações e tomar decisões rápidas. Essa sobrecarga, chamada de fadiga cognitiva, explica por que profissionais hiperconectados se sentem exaustos mesmo sem tarefas fisicamente exigentes.
Dimon compreendeu que o verdadeiro luxo no mundo corporativo não é o tempo livre, mas a capacidade de atenção ininterrupta. Ao eliminar o ruído digital, ele protege a mente do esgotamento e garante que decisões estratégicas sejam tomadas com clareza e assertividade.
A exceção à regra: família em primeiro lugar
Apesar de sua disciplina, Jamie Dimon admite uma única exceção à sua regra de “desconexão no trabalho”: os filhos. Em meio à rotina intensa de reuniões e viagens internacionais, ele abre mão da rigidez para atender mensagens da família, lembrando que o equilíbrio entre vida pessoal e profissional também faz parte do sucesso.
Essa flexibilidade reforça uma mensagem importante: o foco não é sobre rigidez absoluta, mas sobre prioridades conscientes. O segredo está em escolher onde colocar a atenção, e não em eliminar completamente o contato digital.
O foco como vantagem competitiva
Na visão do CEO do JPMorgan, a capacidade de manter o foco é o novo diferencial de liderança. Em uma era em que a tecnologia promete produtividade, mas frequentemente gera dispersão, os executivos mais bem-sucedidos serão aqueles capazes de gerenciar sua atenção como um recurso estratégico.
Dimon acredita que o futuro das empresas dependerá não apenas de inovação, mas também da habilidade humana de pensar com profundidade, ouvir com empatia e agir com clareza — características impossíveis de desenvolver sem foco.
Empresas começam a seguir o exemplo
Inspiradas por executivos como Jamie Dimon, diversas organizações globais têm adotado políticas de desconexão digital. Reuniões sem celulares, horários fixos para e-mails e programas de mindfulness corporativo tornaram-se práticas comuns em companhias como Google, Deloitte e SAP.
Essas iniciativas demonstram que o foco não é apenas uma questão individual, mas também cultural e estratégica. Ambientes que incentivam a concentração contribuem para equipes mais criativas, colaborativas e saudáveis mentalmente.
Por que a dica de Dimon viralizou
A simplicidade do conselho — “não leia mensagens de texto durante o trabalho” — viralizou justamente por tocar em um ponto universal: a perda da concentração. em um mundo onde produtividade virou sinônimo de estar sempre online, a ideia de que o sucesso pode vir do silêncio e da desconexão soa quase revolucionária.
Dimon, que comanda uma instituição avaliada em mais de US$ 500 bilhões, mostra que o verdadeiro poder está em saber quando dizer não — inclusive para o próprio celular.
O que podemos aprender com isso
A lição que fica é clara: sem foco, não há performance. O sucesso profissional moderno depende menos de trabalhar mais e mais de trabalhar com qualidade.
Ao blindar a própria mente contra distrações e cultivar o hábito da presença, é possível elevar o desempenho, reduzir o estresse e criar uma rotina mais equilibrada — tanto para executivos quanto para qualquer trabalhador que deseje alcançar resultados consistentes.






