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Home Economia

Ouro em queda: metal recua quase 3% antes da reunião entre Trump e Xi Jinping

por Redação
21/11/2025
em Economia, Destaque, News
Ouro Em Queda: Metal Recua Quase 3% Antes Da Reunião Entre Trump E Xi Jinping - Gazeta Mercantil

Ouro em queda: metal recua quase 3% com otimismo dos mercados antes da reunião entre Trump e Xi Jinping

O ouro em queda marcou a sessão desta segunda-feira (27) com uma desvalorização expressiva próxima de 3%, refletindo a movimentação de investidores que migraram para ativos de maior risco antes do aguardado encontro entre Donald Trump e Xi Jinping, previsto para quinta-feira (30). A expectativa de um possível acordo comercial entre Estados Unidos e China e o apetite global por risco derrubaram o preço do metal precioso, tradicionalmente visto como ativo de proteção.

Na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York (Nymex), o contrato de ouro para dezembro encerrou o dia em queda de 2,85%, cotado a US$ 4.019,70 por onça-troy. Durante a manhã, o preço chegou a tocar US$ 3.985,90, pressionado pelo otimismo dos investidores com uma possível trégua nas disputas comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

A prata acompanhou o movimento e fechou em queda de 3,72%, sendo negociada a US$ 46,77 por onça-troy, refletindo o mesmo padrão de comportamento do ouro diante da mudança no sentimento global de mercado.


Investidores migram para ativos de risco e reduzem busca por proteção

O movimento de queda do ouro ocorre em meio a um cenário de maior apetite por risco, com investidores apostando em um desfecho positivo nas negociações entre Washington e Pequim. A sinalização de que um acordo comercial pode estar próximo diminuiu a necessidade de proteção em metais preciosos, estimulando a migração de recursos para ações e títulos de maior rendimento.

A fala otimista de Donald Trump durante o fim de semana reforçou a percepção de que novas tarifas sobre produtos chineses poderão ser evitadas em novembro, o que aumentou o fluxo de capitais para ativos de risco, como bolsas de valores e commodities industriais.

Essa reconfiguração do humor global levou a uma retração no preço do ouro, ativo tradicionalmente buscado como refúgio em momentos de incerteza geopolítica e econômica. O mercado de metais, portanto, responde diretamente à mudança de percepção sobre o risco global.


Perspectiva do Federal Reserve e impacto nas commodities

Outro fator que contribuiu para a queda do ouro foi a expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) na reunião de política monetária desta semana. Apesar de o afrouxamento monetário geralmente favorecer o metal, que se torna mais atrativo em cenários de juros baixos, o mercado enxergou o movimento dentro de um contexto de melhora econômica e menor risco.

Os dados de inflação dos Estados Unidos, divulgados na última sexta-feira (24), reforçaram essa leitura, mostrando estabilidade de preços e aumentando a confiança dos investidores na condução da política monetária americana. Esse sentimento de otimismo reduziu a demanda imediata por ativos defensivos, como o ouro e a prata.

Com isso, o mercado de metais preciosos enfrenta um momento de volatilidade intensa, em que a precificação reflete o equilíbrio entre a confiança nos ativos de risco e o potencial de retomada da demanda por proteção caso as negociações comerciais entre EUA e China não avancem como esperado.


Analistas divergem sobre o futuro do ouro

Especialistas do mercado financeiro estão divididos sobre o comportamento futuro do ouro. Para parte dos analistas, o recente ciclo de alta do metal — que acumulava valorização expressiva nos últimos meses — pode estar se aproximando do limite, com sinais de correção técnica e enfraquecimento da demanda.

A consultoria Capital Economics, por exemplo, avalia que a trajetória atual do ouro se assemelha a uma “bolha de mercado em seu estágio final”, projetando que o preço possa cair para US$ 3.500 por onça-troy até o fim de 2026, caso o cenário global siga de estabilização econômica e redução de incertezas.

Por outro lado, o HSBC mantém uma visão mais otimista e acredita que o metal deverá se sustentar em patamares elevados. O banco projeta um preço médio de US$ 4.600 por onça-troy em 2026, podendo atingir um pico de US$ 5.000 no início daquele ano, impulsionado por eventuais tensões geopolíticas e pela reprecificação dos juros globais.

Essas análises mostram que o mercado do ouro está em uma fase de transição, marcada por forças opostas: de um lado, o otimismo com o crescimento global e, de outro, a persistência de riscos estruturais que ainda sustentam a demanda por ativos de refúgio.


Fatores técnicos reforçam pressão sobre o ouro

Do ponto de vista técnico, a queda de 2,85% registrada nesta segunda-feira reforça a tendência de curto prazo negativa para o ouro. O rompimento do suporte de US$ 4.000 por onça-troy é visto por analistas técnicos como um sinal de fragilidade no curto prazo, podendo abrir espaço para novas correções até o patamar de US$ 3.950.

Ainda assim, o metal continua forte no longo prazo, sustentado por fatores como inflação estrutural global, instabilidade política e reservas de bancos centrais. Segundo dados recentes, diversos países, incluindo China, Índia e Turquia, continuam ampliando suas reservas de ouro físico, o que ajuda a limitar quedas mais acentuadas no mercado internacional.


Reunião entre Trump e Xi Jinping: foco dos mercados globais

O principal evento que direciona o comportamento dos mercados nesta semana é a reunião entre Donald Trump e Xi Jinping, marcada para quinta-feira (30). O encontro ocorre em meio a meses de tensão comercial e pode redefinir o fluxo do comércio global nos próximos meses.

A expectativa de que as duas maiores economias do mundo avancem em um acordo para suspender novas tarifas trouxe alívio temporário aos investidores. Se confirmado, o entendimento entre EUA e China pode impulsionar as ações globais e pressionar ainda mais o mercado do ouro, já que o apetite por risco deve continuar crescendo.

Por outro lado, caso o encontro não gere resultados concretos, o ouro pode voltar a subir fortemente, retomando sua posição como ativo de proteção contra volatilidade e incerteza geopolítica.


Prata acompanha queda do ouro

A prata, outro metal amplamente usado como ativo de proteção e insumo industrial, seguiu a mesma trajetória do ouro, registrando queda de 3,72%, cotada a US$ 46,77 por onça-troy.

O movimento reflete tanto a redução da demanda por proteção quanto o ajuste técnico do mercado de commodities, que vinha em forte valorização nas últimas semanas. A prata, assim como o ouro, é altamente sensível ao comportamento do dólar e às decisões de política monetária do Federal Reserve.


Dólar estável e commodities em ajuste

Apesar da queda dos metais preciosos, o dólar americano manteve-se relativamente estável frente às principais moedas globais. O índice DXY, que mede a força da moeda norte-americana em relação a uma cesta de divisas, ficou próximo dos 98 pontos, sem grandes oscilações.

Esse equilíbrio do câmbio contribuiu para uma correção técnica natural no mercado de metais, sem que houvesse uma pressão adicional vinda do dólar. O movimento de venda foi, portanto, majoritariamente motivado por mudanças no sentimento de risco dos investidores, e não por fatores cambiais.

O petróleo, por sua vez, manteve-se volátil, mas sem grande interferência na dinâmica do ouro, mostrando que o foco global permanece concentrado nas expectativas diplomáticas entre EUA e China.


O que esperar para os próximos dias

A volatilidade deve continuar dominando o mercado do ouro até a reunião entre Trump e Xi Jinping. Investidores devem adotar posições mais cautelosas nas próximas sessões, aguardando o desfecho das negociações.

Se o encontro resultar em um acordo parcial, o ouro pode seguir pressionado para baixo. Entretanto, caso não haja consenso ou surjam novos atritos comerciais, a procura pelo metal como refúgio deve retomar força rapidamente, levando a uma reversão das perdas recentes.

O mercado também deve reagir às declarações do Federal Reserve, que anunciará sua decisão de juros na quarta-feira (29). Um corte mais agressivo ou uma sinalização de ciclo prolongado de redução pode alterar o equilíbrio atual e reacender a demanda por ouro como proteção contra a desvalorização do dólar.

O cenário desta semana mostra o ouro em queda diante do otimismo global e da expectativa de avanços diplomáticos entre EUA e China. A migração dos investidores para ativos de risco, a estabilidade do dólar e o alívio nas tensões comerciais contribuíram para a desvalorização do metal.

No entanto, o mercado segue dividido quanto ao futuro do ouro. A depender do resultado da reunião entre Trump e Xi Jinping e do tom adotado pelo Federal Reserve, o metal pode retomar força rapidamente ou confirmar uma tendência de consolidação mais baixa nos próximos meses.

Independentemente da direção, o ouro segue como um dos principais termômetros do sentimento global de risco, refletindo a confiança — ou o medo — dos investidores sobre o futuro da economia mundial.

Tags: cotação do ouroFederal Reservemercado do ourometais preciososouro em quedaouro na Nymexprata em quedapreço do ouro hojereunião Trump e Xi Jinping

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