sexta-feira, 26 de dezembro de 2025
contato@gazetamercantil.com
GAZETA MERCANTIL
Sem resultados
Todos os resultados
GAZETA MERCANTIL
Sem resultados
Todos os resultados
GAZETA MERCANTIL
Sem resultados
Todos os resultados
Home Mundo

Suprema Corte dos EUA questiona tarifas de Trump e pode redefinir a política comercial americana

por Redação
21/11/2025
em Mundo, Destaque, News, Política
Suprema Corte Dos Eua Questiona Tarifas De Trump E Pode Redefinir A Política Comercial Americana - Gazeta Mercantil

Suprema Corte dos EUA questiona tarifas de Trump e pode redefinir a política comercial americana

A Suprema Corte dos Estados Unidos abriu nesta semana um capítulo decisivo na disputa sobre a legalidade das tarifas de Trump, um dos pilares da política econômica do ex-presidente norte-americano. O julgamento, que poderá alterar profundamente as relações comerciais dos EUA com dezenas de países, expôs forte ceticismo entre os ministros da Corte sobre o alcance dos poderes presidenciais para impor tarifas unilaterais.

O caso, que ficou conhecido como o julgamento das tarifas do “Dia da Libertação”, pode derrubar as medidas econômicas mais emblemáticas da gestão Trump, com impactos diretos sobre empresas americanas, governos estrangeiros e mercados globais. Estima-se que uma eventual decisão contra o ex-presidente gere reembolsos bilionários a empresas afetadas e redefina o uso do International Emergency Economic Powers Act (IEEPA) — lei que dá ao presidente poderes amplos em emergências nacionais.


O julgamento das tarifas de Trump

Durante a audiência, realizada na quarta-feira (5), os ministros da Suprema Corte ouviram argumentos orais de representantes do governo Trump, de pequenas empresas afetadas e de estados norte-americanos liderados por democratas.

O foco do julgamento é a legalidade das tarifas impostas sob o IEEPA, que foram aplicadas a uma ampla gama de produtos importados de países como China, Canadá, México, Brasil e Índia. A administração Trump justificou a medida como parte de uma “emergência econômica”, argumentando que o aumento das importações representava risco à segurança nacional dos Estados Unidos.

As tarifas começaram a ser aplicadas em abril de 2025 e entraram plenamente em vigor em agosto do mesmo ano, atingindo quase todas as importações estrangeiras.

Apesar das críticas de economistas e do impacto negativo sobre pequenas empresas, o governo arrecadou US$ 195 bilhões (R$ 1,05 trilhão) em tarifas no último ano fiscal. No entanto, as medidas elevaram preços para o consumidor e criaram tensões diplomáticas com aliados históricos de Washington.


O que está em jogo

A Suprema Corte deve decidir se o ex-presidente Trump tinha autoridade legal para impor tarifas com base no IEEPA. O tribunal avaliará também se as medidas se enquadram em uma “emergência nacional” e se o Executivo extrapolou seus poderes ao taxar importações sem aprovação do Congresso.

Se as tarifas de Trump forem consideradas inconstitucionais, empresas que já pagaram os tributos poderão solicitar reembolsos e o governo será obrigado a reformular completamente sua política tarifária.

O caso não se restringe apenas à política de Trump: uma decisão restritiva da Corte pode limitar o poder de futuros presidentes de aplicar tarifas sob justificativa de segurança nacional, alterando décadas de precedentes jurídicos no comércio exterior dos EUA.


Ceticismo na Suprema Corte

Durante a sessão, ministros conservadores — em tese mais alinhados a Trump — expressaram dúvidas sobre o alcance das medidas. O presidente da Corte, John Roberts, questionou a alegação de que tarifas não seriam equivalentes a impostos, observando que a arrecadação gerada pelas taxas desempenha papel relevante na redução do déficit fiscal.

A ministra Amy Coney Barrett destacou a amplitude das tarifas impostas “a quase todos os países estrangeiros”, classificando a medida como “excessiva e desproporcional”. Já o ministro Neil Gorsuch levantou preocupação com a possibilidade de a decisão abrir precedentes para uma “acumulação perigosa de poder no Executivo”, caso o tribunal reconheça a autoridade presidencial ilimitada sob o IEEPA.

Mesmo ministros moderados, como Brett Kavanaugh, demonstraram desconforto com os argumentos do governo, afirmando que a histórica concentração de poderes tarifários no Executivo poderia ser revista.

Apesar disso, a Corte também sinalizou que não pretende eliminar completamente a prerrogativa presidencial de agir em situações excepcionais.


O argumento do governo Trump

A defesa do ex-presidente sustentou que as tarifas do “Dia da Libertação” foram essenciais para proteger a indústria americana e reduzir a dependência externa, sobretudo da China.

Trump e seus assessores afirmam que o caso representa uma “ameaça existencial” à economia dos Estados Unidos, alegando que a revogação das tarifas enfraqueceria a posição do país nas negociações comerciais globais.

O ex-presidente declarou que uma eventual decisão contrária poderia causar “prejuízos imensuráveis” à economia norte-americana, reiterando que “segurança nacional é segurança econômica”.

O secretário do Tesouro, Scott Bessent, compareceu à Corte em defesa do governo, argumentando que as tarifas eram medida legítima de proteção e parte da estratégia de “reindustrialização” iniciada na gestão Trump.


O impacto econômico das tarifas

As tarifas de Trump elevaram os custos de importação e impactaram diretamente setores como tecnologia, automóveis, aço, agricultura e varejo. Pequenas empresas americanas relataram dificuldades em repassar os aumentos de custo, enquanto multinacionais tiveram de reorganizar cadeias de suprimentos.

Segundo estimativas de consultorias financeiras, a política tarifária da administração Trump aumentou o custo médio de vida nos EUA em 2,5% e reduziu o PIB em cerca de 0,7%. Ainda assim, o governo insiste que as medidas fortaleceram o setor industrial e geraram empregos em regiões afetadas pela desindustrialização.

Países como Brasil, China e Índia sofreram impacto desigual. No caso brasileiro, a Casa Branca concedeu isenções parciais para produtos agrícolas e siderúrgicos, amenizando os efeitos diretos das tarifas. Já a China enfrentou taxas superiores a 50% em algumas categorias, intensificando a disputa comercial entre as duas potências.


As implicações jurídicas e políticas

O caso tem potencial para redefinir a separação de poderes nos Estados Unidos. Caso a Suprema Corte considere que Trump extrapolou sua autoridade, o tribunal poderá estabelecer limites mais rígidos à aplicação do IEEPA.

Essa decisão afetaria não apenas as tarifas de Trump, mas também futuras sanções impostas por presidentes em nome da “segurança nacional”.

Analistas políticos afirmam que o julgamento representa um divisor de águas para o futuro da política comercial americana. Uma decisão contra Trump pode sinalizar maior controle do Congresso sobre o comércio internacional, reduzindo a margem de manobra da Casa Branca.

Ao mesmo tempo, o veredicto terá forte peso eleitoral, especialmente caso o ex-presidente concorra novamente à Casa Branca. O tema divide o eleitorado entre defensores do protecionismo e críticos do aumento de preços ao consumidor.


O que pode acontecer se as tarifas caírem

Se a Suprema Corte declarar as tarifas ilegais, o governo americano poderá buscar alternativas legais para reimpor medidas semelhantes, mas com base em leis mais específicas e restritivas.

Entre as opções estão o Trade Expansion Act de 1962 e o Trade Act de 1974, que permitem ao presidente adotar tarifas em setores específicos, como aço e automóveis. Essas legislações, no entanto, exigem consultas formais ao Congresso e à Organização Mundial do Comércio (OMC), o que tornaria o processo mais lento e politicamente desgastante.

Além disso, empresas afetadas teriam direito a reembolso integral das taxas já pagas, algo que poderia custar centenas de bilhões de dólares ao Tesouro americano.


Quando sai a decisão

Embora a Suprema Corte costume levar meses para deliberar sobre casos complexos, especialistas acreditam que a decisão sobre as tarifas de Trump pode sair mais cedo que o previsto.

O veredicto final deve ser anunciado até junho de 2026, antes do fim do atual mandato dos ministros.

A rapidez com que o tribunal aceitou o caso foi interpretada como um sinal da relevância e urgência do tema, considerando os impactos econômicos e políticos globais.


Repercussão internacional

O julgamento é acompanhado de perto por governos de todo o mundo, especialmente por China, União Europeia, Brasil e Índia, países que enfrentaram sobretaxas diretas.

Diplomatas em Washington afirmam que a decisão da Corte poderá redefinir as relações comerciais dos EUA e influenciar o comportamento de outros líderes populistas que utilizam tarifas como instrumento político.

A Organização Mundial do Comércio (OMC) também monitora o caso com atenção, uma vez que a decisão pode reforçar a autoridade da instituição como mediadora de disputas comerciais — ou, ao contrário, enfraquecê-la, caso o tribunal valide os poderes presidenciais amplos.

O julgamento das tarifas de Trump representa um dos momentos mais decisivos para a política econômica e institucional dos Estados Unidos nas últimas décadas.

Independentemente do resultado, o caso deixará uma marca profunda: se a Suprema Corte limitar o poder presidencial, será um passo histórico em direção ao equilíbrio entre Executivo e Legislativo; se validar as tarifas, abrirá um precedente sem precedentes para futuras administrações ampliarem unilateralmente o controle sobre o comércio exterior.

Enquanto o mundo aguarda a decisão, empresas e investidores mantêm a atenção voltada para Washington — onde o futuro do comércio global pode estar prestes a mudar.

Tags: China e EUAcomércio exteriordecisão da Suprema Corteeconomia dos EUAguerra comercial de TrumpIEEPApolítica comercial americanaSuprema Corte dos EUAtarifas de importaçãotarifas de Trump

LEIA MAIS

Lula Defende Fim Da Escala 6X1 E Destaca Avanços Econômicos Em Mensagem De Natal - Gazeta Mercantil
Política

Lula defende fim da escala 6×1 e destaca avanços econômicos em mensagem de Natal

A mensagem de Natal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, transmitida em rede nacional de rádio e televisão na noite de 24 de dezembro, consolidou-se como um...

MaisDetails
Carta De Bolsonaro Antes De Cirurgia Redefine Sucessão Política Para 2026 - Gazeta Mercantil
Política

Carta de Bolsonaro antes de cirurgia redefine sucessão política para 2026

Carta de Bolsonaro antes de cirurgia marca novo capítulo político e redefine sucessão no campo conservador A divulgação da carta de Bolsonaro na manhã do dia 25 de...

MaisDetails
Salário Mínimo 2026 É Oficializado Em R$ 1.621 E Garante Reajuste Acima Da Inflação - Gazeta Mercantil
Economia

Salário mínimo 2026 é oficializado em R$ 1.621 e garante reajuste acima da inflação

Governo oficializa salário mínimo de R$ 1.621 a partir de 1º de janeiro de 2026 O governo federal oficializou o novo salário mínimo 2026, fixando o valor em...

MaisDetails
Bolsa De Valores Funciona Hoje? Veja O Funcionamento Da B3 No Natal - Gazeta Mercantil
Economia

Bolsa de Valores funciona hoje? Veja o funcionamento da B3 no Natal

Bolsa de Valores funciona hoje? Entenda o funcionamento da B3 no Natal e no fim de ano A dúvida sobre se a Bolsa de Valores funciona hoje se...

MaisDetails
Cirurgia De Bolsonaro: Segurança, Decisão Do Stf E Detalhes Da Internação - Gazeta Mercantil
Política

Cirurgia de Bolsonaro: segurança, decisão do STF e detalhes da internação

Cirurgia de Bolsonaro ocorre sob forte esquema de segurança e vigilância permanente A cirurgia de Bolsonaro tornou-se um dos temas centrais do noticiário político e jurídico nacional ao...

MaisDetails
PUBLICIDADE

GAZETA MERCANTIL

Lula Defende Fim Da Escala 6X1 E Destaca Avanços Econômicos Em Mensagem De Natal - Gazeta Mercantil
Política

Lula defende fim da escala 6×1 e destaca avanços econômicos em mensagem de Natal

Carta De Bolsonaro Antes De Cirurgia Redefine Sucessão Política Para 2026 - Gazeta Mercantil
Política

Carta de Bolsonaro antes de cirurgia redefine sucessão política para 2026

Salário Mínimo 2026 É Oficializado Em R$ 1.621 E Garante Reajuste Acima Da Inflação - Gazeta Mercantil
Economia

Salário mínimo 2026 é oficializado em R$ 1.621 e garante reajuste acima da inflação

Bolsa De Valores Funciona Hoje? Veja O Funcionamento Da B3 No Natal - Gazeta Mercantil
Economia

Bolsa de Valores funciona hoje? Veja o funcionamento da B3 no Natal

Cirurgia De Bolsonaro: Segurança, Decisão Do Stf E Detalhes Da Internação - Gazeta Mercantil
Política

Cirurgia de Bolsonaro: segurança, decisão do STF e detalhes da internação

Por Que 2025 Foi O Ano Dos Bilionários E Da Maior Concentração De Riqueza Da História - Gazeta Mercantil
Economia

Por que 2025 foi o ano dos bilionários e da maior concentração de riqueza da história

EDITORIAS

  • Brasil
  • Business
  • Cultura & Lazer
  • Economia
    • Criptomoedas
    • Dólar
    • Fundos Imobiliários
    • Ibovespa
  • Esportes
  • Lifestyle
    • Veículos
    • Moda
    • Viagens
  • Mundo
  • News
  • Política
  • Saúde
  • Tecnologia
  • Trabalho
  • Anuncie Conosco
Gazeta Mercantil Logo White

contato@gazetamercantil.com

EDITORIAS

  • Brasil
  • Business
  • Cultura & Lazer
  • Economia
    • Criptomoedas
    • Dólar
    • Fundos Imobiliários
    • Ibovespa
  • Esportes
  • Lifestyle
    • Veículos
    • Moda
    • Viagens
  • Mundo
  • News
  • Política
  • Saúde
  • Tecnologia
  • Trabalho
  • Anuncie Conosco

Veja Também:

  • Lula defende fim da escala 6×1 e destaca avanços econômicos em mensagem de Natal
  • Carta de Bolsonaro antes de cirurgia redefine sucessão política para 2026
  • Salário mínimo 2026 é oficializado em R$ 1.621 e garante reajuste acima da inflação
  • Bolsa de Valores funciona hoje? Veja o funcionamento da B3 no Natal
  • Cirurgia de Bolsonaro: segurança, decisão do STF e detalhes da internação
  • Por que 2025 foi o ano dos bilionários e da maior concentração de riqueza da história
  • Anuncie Conosco
  • Política de Correções
  • Política de Privacidade LGPD
  • Política Editorial
  • Termos de Uso
  • Sobre

© 2025 GAZETA MERCANTIL - PORTAL DE NOTÍCIAS - Todos os direitos reservados | contato@gazetamercantil.com

Sem resultados
Todos os resultados
  • Brasil
  • Business
  • Cultura & Lazer
  • Economia
    • Criptomoedas
    • Dólar
    • Fundos Imobiliários
    • Ibovespa
  • Esportes
  • Lifestyle
    • Veículos
    • Moda
    • Viagens
  • Mundo
  • News
  • Política
  • Saúde
  • Tecnologia
  • Trabalho
  • Anuncie Conosco

© 2025 GAZETA MERCANTIL - PORTAL DE NOTÍCIAS - Todos os direitos reservados | contato@gazetamercantil.com