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Home Economia

Déficit em conta corrente do Brasil cai para US$ 4,7 bi em agosto e surpreende mercado positivamente

07/10/2025
em Economia, Destaque, News
Déficit Em Conta Corrente Do Brasil Cai Para Us$ 4,7 Bi Em Agosto E Surpreende Mercado - Gazeta Mercantil

Déficit em conta corrente do Brasil fica em US$ 4,7 bilhões em agosto e surpreende mercado

O déficit em conta corrente do Brasil registrou US$ 4,669 bilhões em agosto de 2025, resultado melhor do que o projetado por analistas, que estimavam saldo negativo de US$ 5,5 bilhões. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (26) pelo Banco Central (BC) e apontam que, no acumulado de 12 meses, o déficit corresponde a 3,51% do Produto Interno Bruto (PIB).

Apesar do resultado negativo, o desempenho surpreendeu positivamente o mercado, reforçando a resiliência das contas externas brasileiras em um cenário de incertezas globais e volatilidade cambial. Ao mesmo tempo, os investimentos diretos no país somaram US$ 7,989 bilhões, bem acima da projeção de US$ 6,15 bilhões feita por especialistas consultados pela Reuters.


O que é déficit em conta corrente?

O déficit em conta corrente ocorre quando o país gasta mais com transações internacionais do que arrecada. Esse cálculo inclui:

  • Balança comercial (exportações e importações de bens).

  • Serviços (como turismo e transporte).

  • Rendas primárias (remessas de lucros, juros e dividendos).

  • Rendas secundárias (transferências unilaterais, como remessas de trabalhadores).

Quando há déficit, significa que o Brasil depende de recursos externos, como investimentos ou empréstimos, para equilibrar suas contas.


Déficit em conta corrente de agosto: por que o resultado foi melhor?

O número divulgado pelo Banco Central para o déficit em conta corrente em agosto surpreendeu positivamente porque veio menor que o esperado. Segundo especialistas, dois fatores explicam o resultado:

  1. Exportações robustas: a alta nos preços de commodities agrícolas e minerais impulsionou a balança comercial, reduzindo parte do impacto negativo.

  2. Entrada de investimentos diretos: os quase US$ 8 bilhões recebidos reforçam a confiança de investidores estrangeiros na economia brasileira, compensando a saída líquida de recursos em outros segmentos.

Esses elementos ajudaram a conter o déficit, mesmo em meio ao aumento das despesas com viagens internacionais e à elevação de remessas de lucros e dividendos.


Déficit acumulado em 12 meses

O déficit acumulado em 12 meses alcançou US$ 56,7 bilhões, equivalente a 3,51% do PIB. Embora o índice ainda seja considerado elevado, analistas destacam que o Brasil tem conseguido manter estabilidade graças à forte entrada de capital estrangeiro, especialmente via investimento direto.

Esse dado é relevante porque mostra que o déficit não está sendo financiado apenas com dívida ou empréstimos de curto prazo, mas sim com recursos produtivos de longo prazo.


Investimentos diretos no país

Os investimentos diretos no país (IDP) alcançaram US$ 7,989 bilhões em agosto, superando em mais de US$ 1,8 bilhão a expectativa de mercado. Esse fluxo de capital é fundamental, pois demonstra que empresas e investidores estrangeiros continuam ampliando sua participação em setores estratégicos da economia brasileira.

Entre as áreas que mais receberam recursos estão:

  • Energia e infraestrutura: projetos de longo prazo que demandam capital intensivo.

  • Agronegócio e mineração: setores impulsionados pela demanda internacional por alimentos e commodities.

  • Tecnologia e inovação: startups e empresas de tecnologia têm atraído maior interesse estrangeiro nos últimos anos.


Comparativo internacional

Quando comparado a outros emergentes, o déficit em conta corrente brasileiro está em patamar intermediário. Países como Turquia e Argentina enfrentam déficits mais elevados em relação ao PIB, enquanto Chile e Colômbia apresentam situações mais próximas da brasileira.

A vantagem do Brasil é a solidez de suas reservas internacionais, atualmente acima de US$ 340 bilhões, o que garante fôlego para enfrentar choques externos.


O que esperar para os próximos meses

A evolução do déficit em conta corrente dependerá de fatores internos e externos:

  • Cenário internacional: a manutenção de juros altos nos Estados Unidos pode impactar o fluxo de capitais para países emergentes.

  • Exportações brasileiras: a demanda chinesa por commodities será determinante para o saldo da balança comercial.

  • Política econômica doméstica: medidas fiscais e monetárias adotadas pelo governo também podem influenciar a entrada de investimentos estrangeiros.

Especialistas acreditam que o déficit deve se manter controlado caso as exportações continuem fortes e o país consiga atrair novos investimentos diretos.

O resultado de agosto mostra que o déficit em conta corrente brasileiro continua sendo um desafio, mas a resiliência das contas externas e a confiança dos investidores em setores estratégicos da economia ajudaram a melhorar o quadro.

Com US$ 7,989 bilhões em investimentos diretos no país, o Brasil reforça sua capacidade de financiar déficits com capital produtivo, o que reduz riscos e fortalece a posição do país no cenário internacional.

A expectativa agora é observar se essa tendência se mantém nos próximos meses, especialmente diante de um ambiente global ainda marcado por incertezas e volatilidade.

Tags: balança comercial BrasilBanco Centralcontas externas Brasildéficit em conta correnteeconomia brasileiraInvestimentos Diretos no PaísPIB Brasiltransações correntes Brasil

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