Intelbras registra lucro líquido de R$ 148 milhões no 3º trimestre e mantém trajetória de rentabilidade sólida
A Intelbras (INTB3) encerrou o terceiro trimestre de 2025 com lucro líquido de R$ 148 milhões, um crescimento de 13,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, consolidando mais um trimestre de rentabilidade positiva. Mesmo diante da queda de 9,5% na receita líquida, que totalizou R$ 1,2 bilhão, a companhia catarinense conseguiu ampliar seus ganhos graças à forte receita financeira, ao controle cambial e à gestão eficiente de caixa.
O desempenho reflete a capacidade da Intelbras de manter equilíbrio entre receitas, custos e rentabilidade, em um ambiente de volatilidade cambial e pressão sobre margens do setor industrial. A empresa, reconhecida como uma das principais fabricantes brasileiras de equipamentos de segurança eletrônica, redes e telecomunicações, conseguiu superar as expectativas com uma receita financeira de R$ 29,3 milhões, número 67 vezes maior que o registrado no mesmo trimestre de 2024, quando o montante havia sido de apenas R$ 437 mil.
Intelbras mantém lucro sólido mesmo com retração de receita
A Intelbras apresentou queda na receita líquida do trimestre, mas a estratégia de gestão financeira ativa compensou o recuo operacional. O aumento expressivo do lucro líquido foi impulsionado principalmente por melhoras nas receitas financeiras e pela redução nas despesas cambiais, fatores que refletiram uma política de proteção contra oscilações de câmbio e uma estrutura de capital robusta.
A empresa explicou que o crescimento do resultado financeiro está diretamente ligado à elevação do nível de caixa, que proporcionou maior retorno em aplicações financeiras, e ao Ajuste a Valor Presente (AVP).
Além disso, as despesas financeiras recuaram 20,7% e a variação cambial caiu 64,7%, consolidando a eficácia do hedge cambial adotado pela Intelbras. Essa redução contribuiu significativamente para a preservação das margens de rentabilidade e para o avanço do resultado final.
Ebitda e margens: estabilidade e eficiência operacional
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Intelbras atingiu R$ 144 milhões entre julho e setembro de 2025, representando uma leve queda de 4,3% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Apesar da retração no indicador absoluto, a margem Ebitda apresentou ganho de 0,7 ponto percentual, evidenciando maior eficiência operacional.
A margem Ebitda mais alta, mesmo com menor volume de receita, demonstra que a empresa conseguiu reduzir custos fixos e otimizar processos internos, o que reforça sua capacidade de manter rentabilidade em um cenário de pressão no consumo.
Outro destaque foi o crescimento expressivo do caixa, que atingiu R$ 1,24 bilhão, um aumento de 50% em relação ao segundo trimestre de 2025. Esse resultado oferece fôlego adicional para investimentos, distribuição de dividendos e eventuais aquisições estratégicas.
Estratégia financeira: política de caixa e proteção cambial bem-sucedidas
A política de gestão de caixa da Intelbras foi determinante para o desempenho do trimestre. A empresa ampliou suas receitas financeiras em função do aumento de liquidez e de um portfólio de investimentos mais rentável, aproveitando o ambiente de juros elevados no Brasil.
Paralelamente, a proteção cambial estruturada — com mecanismos de hedge para mitigar oscilações do dólar — reduziu o impacto das variações nas despesas operacionais e financeiras. Essa combinação de otimização de caixa e proteção de câmbio foi crucial para o crescimento do lucro líquido e para a manutenção de um Ebitda saudável.
Resultados anteriores: histórico de crescimento contínuo
O desempenho positivo do terceiro trimestre reforça a tendência observada nos resultados anteriores da Intelbras. No segundo trimestre de 2025, a companhia havia registrado lucro líquido de R$ 136,3 milhões, uma alta de 15,9% em relação ao mesmo período de 2024, com margem líquida de 10,9%.
O Ebitda ajustado naquele trimestre somou R$ 154,4 milhões, com margem de 12,4%, um salto de 90,2% na comparação anual. Já o ROIC (Retorno sobre o Capital Investido) consolidado pré-impostos foi de 13,6% nos últimos quatro trimestres, demonstrando eficiência no uso do capital.
Esses indicadores mostram que, mesmo em um ambiente desafiador, a Intelbras tem conseguido manter uma trajetória de crescimento sustentável, apoiada por um modelo de negócio diversificado e por uma estrutura operacional sólida.
Intelbras fortalece posição de liderança no mercado de tecnologia nacional
A Intelbras é uma das maiores empresas de tecnologia e segurança do Brasil, com presença em segmentos estratégicos como energia solar, segurança eletrônica, redes, controle de acesso, comunicação e automação residencial.
Nos últimos anos, a companhia tem ampliado seus investimentos em inovação e P&D (Pesquisa e Desenvolvimento), consolidando um ecossistema tecnológico integrado. O objetivo é atender tanto o consumidor final quanto o mercado corporativo e governamental, com soluções completas e escaláveis.
A diversificação do portfólio também tem sido um fator-chave para a <strong data-start="5692" data-end=”5718″>resiliência da empresa, que conseguiu manter lucros consistentes mesmo em períodos de desaceleração econômica.
Mercado e perspectivas para 2026
Para os próximos trimestres, a Intelbras deve continuar focando na expansão de margens, otimização de custos e crescimento sustentável do lucro líquido. A empresa também pretende fortalecer o mix de produtos de maior valor agregado, especialmente em segmentos de energia solar e automação inteligente, que apresentam crescimento acelerado no Brasil.
O avanço do mercado de segurança eletrônica e a digitalização de empresas e residências continuam sendo vetores importantes de demanda para os produtos da marca. Além disso, o aumento das receitas financeiras tende a seguir positivo, enquanto o controle cambial e tributário deve preservar a competitividade da companhia.
No ambiente macroeconômico, a expectativa de queda gradual da taxa Selic pode reduzir os ganhos financeiros de curto prazo, mas tende a estimular o consumo e os investimentos corporativos, o que deve compensar eventuais pressões sobre margens.
Ações da Intelbras (INTB3): desempenho na B3
Apesar do bom resultado trimestral, as ações da Intelbras (INTB3) encerraram o pregão do dia 28 de outubro com queda de 0,83%, cotadas a R$ 11,95. Analistas avaliam que o recuo está mais ligado ao movimento técnico do mercado do que a fundamentos da empresa.
No acumulado do ano, os papéis seguem apresentando desempenho resiliente, acompanhando a valorização do setor de tecnologia e infraestrutura. O mercado vê a Intelbras como uma companhia sólida, com baixo endividamento e forte capacidade de geração de caixa, características que sustentam o otimismo dos investidores no longo prazo.
Intelbras reforça rentabilidade e mostra solidez operacional
O lucro líquido de R$ 148 milhões no 3º trimestre de 2025 consolida a Intelbras como uma das empresas mais lucrativas e bem administradas do setor de tecnologia brasileiro. Mesmo diante da queda de receita, a empresa conseguiu preservar margens e expandir resultados graças à gestão financeira eficiente, estratégia cambial bem definida e forte posição de caixa.
Com uma base sólida, foco em inovação e visão estratégica, a Intelbras segue fortalecendo sua liderança no mercado nacional, pronta para expandir sua presença em novos segmentos e manter o crescimento sustentável nos próximos anos.






