O setor de eventos de cultura e entretenimento foi um dos maiores geradores de empregos no País durante o primeiro semestre de 2023, segundo apontam os dados do Radar Econômico, estudo realizado pela Abrape (Associação Brasileira dos Promotores de Eventos). No saldo acumulado entre janeiro e junho, o segmento teve crescimento de 42,3%, enquanto outras áreas como agropecuária (-1,9%), construção civil (-8,7%) e indústria (-37,4%) registraram um decréscimo, comparado ao mesmo período do ano passado.
O índice foi impulsionado pelo desempenho do core business do setor, que abrange atividades como organização de eventos; atividades artísticas, criativas e de espetáculos; atividades ligadas ao patrimônio cultural e ambiental; atividades de recreação e lazer; e produção e promoção de eventos esportivos. Foram geradas 12,3 mil vagas de empregos no primeiro semestre de 2023 com crescimento de 42% sobre mesmo período de 2022 (8,6 mil). Só no mês de junho foram mais de 4 mil vagas, melhor resultado mensal desde o início da pandemia
“Todos estes segmentos que fazem parte do core business estão com nível superior médio de 10,9% ao registrado em 2019, portanto em um cenário pré-pandemia. Estes resultados refletem a importância do Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos), que permitiu uma rápida retomada do setor após o longo período de paralisação provocado pela pandemia. Ofereceu segurança jurídica, tributária e econômica para que pudéssemos voltar a gerar empregos e movimentar a economia em todo o País”, reforça o presidente da Abrape, Doreni Caramori Júnior.
O Perse é o único programa do Governo Federal direcionado para um setor da economia criado durante a pandemia e que engloba um conjunto de cinco leis (14.046, 14.148, 14.161, 14.179 e 14.186). Abrange cinco pontos importantes para o segmento:
- refinanciamento de dívidas,
- créditos para sobrevivência das empresas,
- desoneração fiscal,
- manutenção de empregos e condições de adiamento,
- cancelamento de atividades
Consumo
A estimativa de consumo no setor chegou a R$ 57 bilhões no primeiro semestre, resultado 14,4% superior ao mesmo período de 2022 (R$ 49 bilhões). Em Junho, o índice foi de R$ 9,6 bilhões, o melhor mês desde que a série histórica deste indicador iniciou em 2019.