A preocupação com os custos elevados dos planos de saúde não é novidade para os brasileiros, especialmente em meio à atual crise econômica. Com despesas essenciais competindo pela prioridade financeira dos cidadãos, muitos têm optado por cancelar ou suspender esses serviços, conforme revelado por dados recentes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Em fevereiro de 2023, mais de 8,8 milhões de brasileiros contavam com planos de saúde individuais ou familiares, mas, no mesmo período de 2024, cerca de 98.946 pessoas optaram por não renovar suas coberturas, refletindo uma tendência de queda nesse segmento.
Por outro lado, na Bahia, observa-se um cenário ligeiramente diferente, com um aumento no número de beneficiários. Em 2023, aproximadamente 1.662.891 baianos possuíam planos de saúde, enquanto em 2024 esse número subiu para 1.687.675.
Apesar desse aumento localizado, o alto custo continua sendo um fator motivador significativo para o cancelamento ou a não renovação desses serviços. A busca por segurança oferecida pelos planos de saúde é constante, especialmente diante das dificuldades enfrentadas pelo sistema público de saúde, como filas de espera e demoras no atendimento.
No entanto, os altos custos têm levado até mesmo os jovens a repensarem essa opção, buscando alternativas mais acessíveis ou adotando um modelo de cuidados de saúde mais cauteloso.
Além dos custos elevados, outros fatores como desemprego, mudanças nas necessidades de saúde ou na situação financeira também contribuem para o cancelamento dos planos de saúde.
No entanto, o cancelamento desses planos traz consequências negativas, incluindo a dificuldade em encontrar novos planos médicos e a possível queda na qualidade do atendimento.
As empresas que oferecem esses serviços também são afetadas por essa tendência de cancelamento. Em resposta a isso, a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) destaca a importância de avaliar continuamente a qualidade dos serviços prestados, em conformidade com as regulamentações da ANS.
Apesar das preocupações e desafios enfrentados pelos consumidores e pelas empresas do setor, a busca por soluções que garantam acesso a serviços de saúde de qualidade e acessíveis continua sendo uma prioridade para todos os envolvidos.