Ibovespa hoje ao vivo: bolsa opera em alta com otimismo global e expectativas por acordo entre Brasil e EUA
O Ibovespa hoje inicia a semana operando em leve alta, acompanhando o otimismo dos mercados internacionais e a expectativa de avanço nas negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos. Enquanto investidores locais reagem a declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre um possível acordo com Donald Trump, o cenário global é marcado por recordes nas bolsas asiáticas, alta das commodities e uma agenda econômica carregada.
Panorama do Ibovespa e principais indicadores
O Ibovespa encerrou a sexta-feira (24) com alta de 0,31%, aos 146.172 pontos, acumulando ganho semanal de 1,93% e valorização de 21,5% no acumulado de 2025. Na abertura desta segunda-feira (27), o índice reflete o otimismo externo e a busca dos investidores por ativos de risco diante da expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed).
O movimento também é sustentado pela melhora no sentimento global em relação ao comércio internacional e pela valorização de ações ligadas a commodities e infraestrutura.
Além disso, o mercado acompanha a emissão de R$ 5 bilhões em debêntures pela Sabesp (SBSP3), aprovada na sexta-feira, reforçando o otimismo no setor de saneamento e contribuindo para o desempenho positivo do índice.
Lula e Trump tentam destravar impasse comercial
O noticiário político tem peso sobre o comportamento do Ibovespa hoje. O presidente Lula afirmou que em poucos dias deve ser alcançada uma solução definitiva nas negociações comerciais com os Estados Unidos. Segundo ele, o Brasil reforçou o argumento de que os norte-americanos mantêm superávit na balança comercial, não havendo motivo para tarifar produtos brasileiros.
Donald Trump, por sua vez, reconheceu que o diálogo avança, mas ainda sem acordo fechado. As conversas devem continuar nos próximos dias, com novas rodadas de reunião entre diplomatas dos dois países.
A expectativa é que um entendimento possa destravar exportações brasileiras e impulsionar setores ligados ao agronegócio, mineração e siderurgia — que juntos representam uma fatia relevante do Ibovespa.
Alta das bolsas internacionais impulsiona apetite por risco
A segunda-feira é marcada por ganhos nos principais índices mundiais, o que contribui para o desempenho positivo do Ibovespa hoje.
Ásia
As bolsas asiáticas encerraram o dia em alta, lideradas pelo Nikkei 225, do Japão, que ultrapassou pela primeira vez a marca dos 50 mil pontos, refletindo otimismo com o pacote de estímulos econômicos do novo governo japonês. A valorização de 2,46% levou o índice a 50.512 pontos, acumulando avanço anual de 26,6%.
Os ganhos também se estenderam à China e Hong Kong, com o Shanghai SE subindo 1,18% e o Hang Seng Index avançando 1,05%. O bom humor foi sustentado pelo progresso nas negociações entre EUA e China e pela expectativa de retomada das compras chinesas de commodities agrícolas e minerais.
Europa
Na Europa, os mercados operam em campo positivo. O DAX da Alemanha sobe 0,19%, enquanto o FTSE 100, do Reino Unido, avança 0,02%. O otimismo é sustentado pelos resultados corporativos e pela expectativa de manutenção dos juros pelo Banco Central Europeu (BCE).
Estados Unidos
Nos Estados Unidos, os índices futuros sobem antes da abertura: o Dow Jones Futuro avança 0,55%, o S&P 500 Futuro sobe 0,89% e o Nasdaq Futuro valoriza 1,34%. O mercado espera um corte de 25 pontos-base na taxa de juros do Fed, cuja decisão será anunciada no dia 29 de outubro.
A semana também será marcada pela divulgação dos balanços das gigantes de tecnologia, incluindo Alphabet, Amazon, Apple, Meta e Microsoft, o que deve aumentar a volatilidade nos mercados.
Commodities: minério de ferro em alta e petróleo recua
As commodities apresentam movimentos mistos nesta segunda-feira.
O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, na China, subiu 1,94%, cotado a 786,50 iuanes (US$ 110,44 por tonelada), refletindo o otimismo com a retomada industrial chinesa e o avanço das negociações com os Estados Unidos.
Já o petróleo registra queda após ganhos recentes. O WTI recua 1,07%, cotado a US$ 60,83, enquanto o Brent perde 1,02%, a US$ 65,27 por barril. Apesar da correção, o sentimento no mercado segue positivo, sustentado pelas perspectivas de maior demanda global no médio prazo.
Dólar e juros: estabilidade e leve volatilidade
O dólar comercial é negociado a R$ 5,39, praticamente estável após encerrar a última sessão com alta de 0,11%. O câmbio reflete o equilíbrio entre o cenário político doméstico e a expectativa de redução de juros nos Estados Unidos.
Nos juros futuros (DIs), a curva apresenta leves oscilações, com as taxas de longo prazo mantendo trajetória de queda. O DI para 2029 está em 13,03%, enquanto o DI para 2032 recua a 13,42%. O mercado projeta que o Banco Central brasileiro mantenha os juros estáveis até o fim do ano, avaliando o impacto das negociações comerciais e dos dados de inflação.
Destaques corporativos e movimentações do dia
Entre as principais ações do Ibovespa hoje, o destaque vai para companhias do setor de infraestrutura, energia e consumo.
Maiores altas de sexta-feira:
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CVCB3 (+5,29%)
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ENEV3 (+4,25%)
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HYPE3 (+3,18%)
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IRBR3 (+2,83%)
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MGLU3 (+2,67%)
Maiores quedas:
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BRAV3 (-2,76%)
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CSAN3 (-2,60%)
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AURE3 (-1,72%)
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MBRF3 (-1,51%)
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CSNA3 (-1,48%)
A expectativa é que o desempenho das ações nesta segunda acompanhe o movimento global de alta, impulsionado por commodities e papéis ligados à exportação.
Confiança do consumidor e cenário interno
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), calculado pela FGV IBRE, subiu 1,0 ponto em outubro, alcançando 88,5 pontos — o segundo avanço consecutivo. O resultado reflete melhora na percepção sobre o mercado de trabalho e o controle da inflação.
Esse indicador é relevante para o mercado de ações, já que sugere retomada gradual do consumo e melhora das perspectivas para empresas voltadas ao mercado interno, como varejistas e construtoras.
Perspectivas para o dia e próximos passos
O <strong data-start="6422" data-end=”6439″>Ibovespa hoje deve seguir influenciado pelo ambiente externo positivo, pela expectativa de acordo entre Brasil e EUA e pelo avanço das negociações comerciais entre Washington e Pequim. O cenário internacional mais estável e o apetite por risco sustentam o desempenho das bolsas globais, enquanto os investidores locais monitoram a trajetória do câmbio e dos juros.
A semana será decisiva para definir o rumo dos mercados, com destaque para a decisão do Fed, os balanços das big techs e possíveis anúncios sobre o acordo comercial entre Brasil e Estados Unidos.
Se o clima de otimismo persistir, o Ibovespa pode testar novos patamares de resistência acima de 147 mil pontos ainda nesta semana.






