Lula venceria eleições de 2026 mesmo com desaprovação maior, aponta levantamento
Mesmo iniciando 2026 com índices de desaprovação superiores aos de aprovação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém vantagem eleitoral consistente e Lula venceria eleições de 2026 em todos os cenários testados até agora, segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira (18). Os dados revelam um quadro político complexo, marcado por insatisfação relevante com o governo, mas também por fragilidade e fragmentação da oposição.
A pesquisa, realizada entre os dias 10 e 15 de dezembro com mais de 18 mil entrevistados em todo o país, mostra que Lula entra no ano pré-eleitoral em um ambiente de desgaste, porém ainda competitivo o suficiente para liderar as simulações tanto de primeiro quanto de segundo turno. O cenário expõe uma característica recorrente da política brasileira recente: a dissociação entre avaliação de governo e intenção de voto.
Desaprovação cresce, mas cenário segue equilibrado
De acordo com o levantamento, 50,7% dos brasileiros desaprovam o desempenho de Lula à frente do Palácio do Planalto, enquanto 48,8% afirmam aprovar sua gestão. A diferença, embora numericamente favorável à desaprovação, encontra-se dentro da margem de erro de um ponto percentual, configurando empate técnico.
Outros 0,4% dos entrevistados não souberam ou não quiseram responder. Na avaliação qualitativa da gestão, 48,9% classificam o governo como ruim ou péssimo, enquanto 46,5% o consideram ótimo ou bom. Apenas 6% avaliam a administração como regular.
Apesar de indicar um ambiente de maior crítica ao governo, esses números não se traduzem automaticamente em perda de competitividade eleitoral. Pelo contrário: quando o foco se desloca da avaliação administrativa para a escolha entre candidatos, Lula permanece como o nome mais forte do tabuleiro político nacional.
Lula lidera disputas mesmo diante de rejeição relevante
Os dados reforçam a leitura de que Lula venceria eleições de 2026 se o pleito fosse realizado hoje. Em uma simulação que reproduz os mesmos candidatos de 2022, o presidente aparece com 46,7% das intenções de voto, contra 44% de Jair Bolsonaro. A diferença é pequena, mas suficiente para colocar Lula à frente.
Ciro Gomes aparece com 3,2%, Simone Tebet com 1,8% e outros nomes somam 2,2%. Votos brancos e nulos representam 1,8%. O cenário revela uma polarização ainda presente, embora menos intensa do que em eleições anteriores, com dispersão residual de votos em candidaturas alternativas.
A vantagem de Lula se amplia quando considerados cenários com novos nomes da direita e do centro-direita. Em todos eles, o presidente lidera com margens que variam de quatro a 25 pontos percentuais, reforçando a percepção de que Lula venceria eleições de 2026 mesmo em um ambiente político adverso.
Segundo turno consolida favoritismo do presidente
Os cenários de segundo turno são ainda mais favoráveis ao atual presidente. Lula venceria Jair Bolsonaro por 50% a 46%, superaria Tarcísio de Freitas por 49% a 45% e derrotaria Michelle Bolsonaro pelo mesmo placar de 50% a 45%.
Contra Flávio Bolsonaro, a vantagem é ainda mais expressiva: 53% a 41%, uma diferença de 12 pontos percentuais. Em disputas contra governadores e líderes regionais como Ronaldo Caiado, Romeu Zema e Ratinho Jr., Lula aparece com 49% contra 39%. Já contra Eduardo Leite, a distância se torna ainda maior, chegando a 49% a 24%.
Esses números indicam que, embora o governo enfrente críticas e desgaste natural de mandato, Lula venceria eleições de 2026 graças a uma combinação de fatores que vão além da avaliação imediata da gestão.
Fragmentação da oposição favorece Lula
Um dos principais elementos que ajudam a explicar por que Lula venceria eleições de 2026 é a fragmentação do campo oposicionista. A direita brasileira, embora numericamente relevante, ainda não conseguiu construir uma candidatura consensual capaz de unir diferentes correntes políticas.
Nomes como Tarcísio de Freitas, Ratinho Jr., Romeu Zema e Ronaldo Caiado disputam espaço no mesmo campo ideológico, enquanto a família Bolsonaro continua exercendo forte influência sobre uma parcela significativa do eleitorado conservador. Essa multiplicidade de opções dificulta a consolidação de uma alternativa clara e competitiva.
Além disso, parte do eleitorado que desaprova o governo Lula não se sente representada pelos principais nomes da oposição, o que reduz a migração automática do voto crítico para um adversário específico.
Avaliação negativa não significa rejeição eleitoral
O levantamento também reforça uma tendência observada em outras eleições recentes: avaliação negativa de governo não equivale necessariamente à rejeição do candidato incumbente. Muitos eleitores conseguem separar a insatisfação com aspectos da gestão da decisão de voto, especialmente quando percebem riscos ou fragilidades maiores nos adversários.
Nesse contexto, Lula venceria eleições de 2026 porque ainda é visto por uma parcela significativa do eleitorado como uma opção conhecida, previsível e institucionalmente segura, especialmente em comparação com cenários de maior instabilidade política.
Essa dinâmica é reforçada pela memória eleitoral. Lula governa o país pela terceira vez e carrega consigo um histórico que, para muitos eleitores, ainda pesa mais do que os problemas atuais enfrentados pelo governo.
Flávio Bolsonaro surge como principal nome da direita
A pesquisa também avaliou a percepção dos eleitores sobre a possível candidatura de Flávio Bolsonaro. Entre aqueles que afirmam votar em Jair Bolsonaro, 75,2% apoiam que o senador dispute a Presidência em 2026. Outros 17,1% discordam, sinalizando que há espaço para disputas internas no campo bolsonarista.
Caso Flávio Bolsonaro seja confirmado como candidato, os entrevistados apontam possíveis nomes para a vice-presidência. Tarcísio de Freitas lidera as preferências, com 25,8%, seguido de Michelle Bolsonaro, com 23%. Romeu Zema e Ronaldo Caiado aparecem empatados, com 9,6% cada.
Mesmo nesse cenário, os números indicam que Lula venceria eleições de 2026, mantendo vantagem significativa sobre o filho do ex-presidente.
O peso do cenário econômico e social
Outro fator determinante para o desempenho eleitoral de Lula será a evolução do cenário econômico ao longo de 2025 e início de 2026. Inflação, crescimento, emprego e renda continuam sendo variáveis centrais na formação da opinião do eleitorado.
Embora parte da população avalie negativamente o governo, a ausência de uma crise econômica aguda ou de choques severos ajuda a sustentar a competitividade do presidente. Se o ambiente macroeconômico permanecer relativamente estável, a tendência é que Lula venceria eleições de 2026 com base em um discurso de continuidade e preservação institucional.
Por outro lado, uma deterioração mais acentuada da economia poderia reconfigurar o cenário, tornando a disputa mais imprevisível.
Polarização segue presente, mas menos intensa
Os dados também sugerem uma polarização menos radical do que a observada em eleições anteriores. Embora Lula e o campo bolsonarista ainda concentrem grande parte das intenções de voto, há sinais de desgaste da retórica extremada e maior espaço para debates sobre gestão, economia e políticas públicas.
Mesmo assim, a ausência de uma terceira via robusta faz com que o eleitorado continue dividido principalmente entre dois polos. Nesse ambiente, Lula venceria eleições de 2026 por conseguir agregar votos tanto de eleitores fiéis quanto de segmentos que optam pelo chamado “voto útil”.
O desafio de transformar aprovação em vantagem mais ampla
Para o governo, o grande desafio até 2026 será reduzir a distância entre aprovação e desaprovação. Embora isso não seja condição absoluta para vencer, uma melhora na percepção da gestão ampliaria a margem de segurança eleitoral do presidente.
Programas sociais, investimentos públicos e estabilidade institucional tendem a ser os pilares da estratégia governista. O discurso deve enfatizar conquistas e contrastar o atual cenário com períodos anteriores de instabilidade política.
Se conseguir avançar nessa agenda, o argumento de que Lula venceria eleições de 2026 pode deixar de ser apenas uma projeção estatística e se consolidar como tendência dominante no debate político.
Um cenário aberto, mas favorável ao Planalto
Apesar da desaprovação numericamente maior, o levantamento mostra que Lula inicia o ciclo eleitoral de 2026 em posição confortável. A liderança em todos os cenários testados indica que, hoje, Lula venceria eleições de 2026 graças à fragmentação da oposição, à ausência de um adversário unificado e à força de seu capital político acumulado.
O quadro, no entanto, permanece dinâmico. Mudanças no cenário econômico, decisões políticas estratégicas e a definição clara das candidaturas da oposição ainda podem alterar o equilíbrio da disputa. Até lá, o presidente segue como favorito, mesmo navegando em águas políticas mais turbulentas do que em outros momentos de sua trajetória.






