Quem anunciou com Odete Roitman? O impacto da vilã de Vale Tudo no mercado publicitário
O assassinato de Odete Roitman, icônica vilã da novela Vale Tudo, vai muito além da teledramaturgia. Desde a exibição original em 1988 até o remake atual, a personagem movimenta não apenas o público, mas também o mercado publicitário. Marcas de diferentes segmentos, desde alimentos e bancos até seguradoras e aplicativos de delivery, se aproveitam do suspense que envolve o último capítulo da trama para posicionar seus produtos e fortalecer campanhas de marketing.
O fenômeno não é à toa: o mistério “quem matou Odete Roitman?” permanece como um dos momentos mais emblemáticos da televisão brasileira, tornando a vilã um verdadeiro patrimônio cultural que mobiliza a publicidade de forma estratégica e criativa.
O fenômeno Odete Roitman e o mercado publicitário
O remake de Vale Tudo trouxe novamente à tona a figura de Odete Roitman, interpretada na versão original por Beatriz Segall e atualmente por Débora Bloch. A trama tem gerado bolões de apostas em todo o Brasil, mas o impacto se estende também à publicidade, que se articula para conectar produtos, serviços e experiências à narrativa televisiva.
Empresas aproveitam a atenção do público para criar campanhas de marketing que dialogam diretamente com o suspense e o interesse cultural em torno do último capítulo. A lista de marcas envolvidas é extensa, e as estratégias vão desde campanhas digitais e merchandising até ações presenciais em restaurantes e hotéis que fazem parte da história da novela.
Marcas que apostam no sucesso da vilã
Algumas das principais marcas que se destacam nas campanhas associadas a Odete Roitman incluem:
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Itaú: utilizando a imagem de Débora Bloch caracterizada como Odete, a campanha do banco destacou soluções financeiras modernas, como pagamentos via Pix pelo WhatsApp, associando a vilã ao conceito de controle e poder financeiro.
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Subway: também com a atriz Débora Bloch, a rede de lanchonetes investiu em comerciais inspirados nas situações da novela, promovendo produtos e experiências que se conectam à narrativa.
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Seara: aproveitou o suspense do assassinato de Odete com a campanha “Quem matou a fome com a panelinha Seara?”, conectando o público à marca de alimentos.
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Dove: lançou bolões nas redes sociais com trocadilhos criativos, utilizando a associação da vilã ao combate ao dano capilar.
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Serasa: trouxe a frase “Quem pagou Odete?” para promover os serviços do aplicativo, ligando a questão do crédito e dívidas ao contexto da trama.
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Hellmann’s: integrou produtos e personagens da novela em ações no Instagram e no iFood, criando experiências interativas com o público.
Além dessas, outras empresas, como Arezzo e aplicativos de delivery, como o Zé Delivery, aproveitaram o momento da novela para realizar ações promocionais e engajar os consumidores, mostrando como a publicidade se molda à cultura popular de forma inovadora.
Estratégias de marketing e merchandising
A publicidade ligada à personagem Odete Roitman combina merchandising na trama com ações nas redes sociais e plataformas digitais. Esse modelo cria um diálogo contínuo com o público, permitindo que marcas se conectem emocionalmente com os consumidores enquanto aproveitam o suspense e a expectativa em torno do último capítulo da novela.
Para exemplificar, a Hellmann’s recriou cenas icônicas envolvendo Maria de Fátima e Raquel, com ações interativas em redes sociais e conteúdos dentro da narrativa da novela. Já o iFood transformou o restaurante fictício Paladar em um ponto de vendas reais, oferecendo sanduíches inspirados nas cenas e personagens da trama.
Segundo Daniela Pereira, diretora de Mídia da Unilever, que detém a marca Dove:
“A TV aberta segue sendo a base de um ecossistema de comunicação poderoso. Ela gera e prolonga conversas, aproximando marcas da cultura e de milhões de pessoas. Mais do que audiência, buscamos conectar nossas marcas às conversas reais do público.”
Esse modelo demonstra como campanhas publicitárias modernas combinam cultura, comportamento e atenção do público, aproveitando momentos icônicos da televisão para engajar consumidores e gerar relevância de marca.
O patrimônio cultural da vilã Odete Roitman
Odete Roitman não é apenas uma personagem: é um patrimônio emocional do Brasil. A vilã representa décadas de teledramaturgia e influencia tanto a cultura quanto o marketing. O mistério em torno de sua morte mantém público e marcas atentos, e a narrativa da novela cria um terreno fértil para estratégias de comunicação, publicidade e storytelling.
Álvaro Rodrigues, CEO da agência Made, explica:
“A publicidade sempre teve um radar muito sensível para os momentos em que cultura, comportamento e atenção se cruzam. Poucas histórias fizeram isso com tanta força quanto Vale Tudo. O mistério ‘Quem matou Odete Roitman?’ é um dos acontecimentos mais icônicos da TV.”
Para as marcas, associar produtos a Odete Roitman não é apenas estratégia comercial, mas também uma oportunidade de se conectar com a memória afetiva do público, criando engajamento e proximidade com consumidores que viveram ou acompanham o fenômeno cultural.
Integração entre merchandising e redes sociais
As campanhas relacionadas a Odete Roitman mostram como merchandising e redes sociais podem trabalhar juntos para maximizar o impacto da narrativa:
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Bolões interativos: marcas como Dove e Seara criam enquetes e apostas sobre a identidade do assassino, aumentando engajamento.
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Produtos inspirados na novela: Hellmann’s e Paladar oferecem experiências reais conectadas à ficção.
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Conteúdo multiplataforma: campanhas que vão da TV aberta ao Instagram, TikTok e aplicativos de delivery, ampliando o alcance das marcas.
Essa integração garante que o público se envolva de maneira ativa, participando da história e interagindo com marcas que se inserem de forma orgânica no contexto cultural.
Exemplos de ações memoráveis
Algumas ações recentes que ilustram a criatividade do marketing em torno de Odete Roitman incluem:
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Zé Delivery: com o personagem Cesar Ribeiro, interpretado por Cauã Raymond, solicitando bebidas via app durante cenas da novela;
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Arezzo: campanha que reúne Débora Bloch e Taís Araújo, unindo vilã e heroína em promoção de produtos de calçados;
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Paladar no iFood: transformou o restaurante fictício da trama em ponto de experiência tangível, com produtos vendidos de forma real.
Essas iniciativas refletem a intenção das marcas de inserir-se nos fenômenos culturais, conectando-se com comunidades e aproximando-se das necessidades reais do público.
A personagem Odete Roitman transcende a tela da televisão. Além de ser um ícone da teledramaturgia brasileira, ela representa uma oportunidade única de publicidade e engajamento de marca. Desde a exibição original até o remake atual, as campanhas publicitárias aproveitam o suspense e o mistério em torno de sua morte para criar experiências interativas, campanhas digitais e ações de merchandising memoráveis.
Ao associar produtos e serviços à vilã mais icônica da TV, as marcas conseguem conectar emoção, nostalgia e engajamento cultural, fortalecendo sua presença no mercado e se alinhando a um fenômeno que mobiliza gerações.






