Petrobras PETR4: BTG vê potencial de alta de 45% e reforça recomendação de compra
As ações da Petrobras PETR4 voltaram ao radar dos investidores após o BTG Pactual divulgar, nesta quinta-feira (21), um relatório que projeta um potencial de valorização de até 45% para os papéis da estatal. O banco reiterou a recomendação de compra, mesmo diante do cenário de incertezas envolvendo as commodities e o ambiente político no Brasil.
Com preço-alvo mantido em R$ 44 por ação, o estudo do BTG reforça a atratividade do perfil de risco/retorno da Petrobras nos próximos 12 a 18 meses, apoiado por fluxo de caixa robusto, boas perspectivas de produção e um dividend yield estimado entre 10% e 11% ao ano.
Petrobras PETR4: fundamentos do relatório do BTG
O BTG atualizou seu modelo de avaliação da Petrobras PETR4 incorporando os resultados do segundo trimestre de 2025. Apesar de um ambiente de commodities menos favorável e do pessimismo em torno da estatal, o banco destacou “assimetrias positivas” no valuation da companhia.
Entre os pontos principais:
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Fluxo de caixa livre atrativo, sustentado por petróleo Brent projetado em US$ 83 por barril;
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Produção estável, tendendo ao limite superior das diretrizes da empresa;
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Revisão para baixo no capex de 2026, indicando disciplina de investimentos;
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Ausência de grandes catalisadores de curto prazo, mas com boas perspectivas no médio prazo.
Dividendos robustos
Um dos principais atrativos para investidores continua sendo a política de dividendos. O relatório projeta que a Petrobras PETR4 deve oferecer rendimento anual entre 10% e 11%, o que mantém a ação entre as preferidas de investidores em busca de geração de caixa recorrente.
Essa distribuição, aliada à solidez operacional, sustenta a visão de que a companhia segue como uma opção defensiva no portfólio, mesmo em um ambiente global desafiador.
Comparação com pares latino-americanos
O BTG destacou que, se a Petrobras PETR4 fosse negociada nos mesmos múltiplos de empresas comparáveis da América Latina, como Ecopetrol (Colômbia) e YPF (Argentina), seu potencial de valorização poderia chegar a 50%.
Atualmente, Ecopetrol e YPF negociam a múltiplos de 4,1x e 4,5x EV/EBITDA 2025, respectivamente. A expectativa do banco é que, com maior clareza fiscal e estabilidade macroeconômica no Brasil, o custo de capital da Petrobras se reduza, abrindo espaço para reprecificação das ações.
Petrobras PETR4 e o impacto das eleições
Embora as eleições presidenciais de 2026 ainda estejam a mais de um ano de distância, o BTG alerta que fatores políticos já começam a ser precificados pelo mercado.
Segundo o relatório, uma melhora no cenário fiscal e maior previsibilidade econômica poderiam beneficiar diretamente a Petrobras PETR4, reduzindo o risco-país e apoiando uma avaliação mais positiva por parte dos investidores internacionais.
Esse cenário também poderia levar à compressão do custo de capital próprio e, consequentemente, à valorização das ações da estatal.
Produção e investimentos
O BTG projeta que a produção da Petrobras deve se manter próxima ao limite superior de suas metas, reforçando a estabilidade operacional da companhia.
Além disso, a recalibração para baixo do capex em 2026 mostra que a Petrobras pode equilibrar investimentos em exploração e produção com disciplina financeira, sem comprometer sua geração de caixa.
Essa postura pode ser fundamental em um cenário de petróleo volátil, permitindo que a empresa preserve margens e mantenha sua política de dividendos generosos.
O preço-alvo da Petrobras PETR4
De acordo com o relatório, o preço-alvo para a Petrobras PETR4 foi mantido em R$ 44 por ação, o que representa um upside de aproximadamente 45% em relação à cotação atual.
O BTG reforçou que, mesmo sem grandes catalisadores imediatos, o case de investimento segue interessante para os próximos 12 a 18 meses. A combinação de fluxo de caixa robusto, dividendos elevados e valuation descontado mantém as ações em patamar atrativo.
Riscos no radar
Apesar da recomendação positiva, o banco listou alguns riscos que podem impactar o desempenho da Petrobras PETR4:
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Volatilidade do preço do petróleo Brent, que afeta diretamente receitas e margens;
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Interferência política, especialmente em ano pré-eleitoral;
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Fusões e aquisições, principalmente no setor de etanol, que podem alterar a percepção de mercado;
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Risco macroeconômico global, incluindo tensões comerciais e política monetária nos EUA.
O relatório do BTG Pactual reforça a atratividade da Petrobras PETR4 como opção de investimento em 2025. Com potencial de valorização de até 45%, dividendos elevados e fundamentos sólidos, a estatal segue como destaque no mercado de energia e uma das principais apostas entre investidores institucionais.
Ainda que riscos políticos e macroeconômicos permaneçam no radar, a robustez operacional da Petrobras e o valuation descontado tornam a companhia um dos cases mais atrativos da América Latina.






