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Home Economia

Preço do Café Dispara: Governo Brasileiro Propõe Flexibilização de Crédito para Conter Inflação

26/06/2025
em Economia, Destaque, News
Preço Do Café - Gazeta Mercantil - Economia

Preço do Café Dispara em 2025: Governo Reage com Medidas Urgentes para Conter Inflação e Apoiar Produtores

A disparada no preço do café e o impacto no mercado nacional

O preço do café no Brasil registrou um aumento de 66,2% nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro de 2025. O salto nos valores, puxado por fatores climáticos extremos, problemas logísticos globais e aumento da demanda internacional, colocou pressão significativa sobre a inflação e afetou diretamente o consumo da tradicional bebida no país.

Essa escalada preocupante no valor do café não afeta apenas os consumidores, mas coloca em risco o equilíbrio da cadeia produtiva e do comércio agrícola. O governo brasileiro, atento aos efeitos do encarecimento do café na economia, anunciou uma série de medidas para tentar conter os impactos inflacionários e garantir apoio aos cafeicultores.


As razões por trás da alta histórica no preço do café

A elevação abrupta do preço do café tem múltiplas causas, convergindo para um cenário de escassez e valorização no mercado interno e externo. Os principais fatores que explicam esse movimento são:

1. Condições climáticas adversas

O Brasil enfrentou em 2024 a pior seca dos últimos 70 anos, impactando severamente a produção da variedade arábica — responsável por mais de 70% da produção nacional e reconhecida pela sua qualidade superior. Essa quebra na safra reduziu a oferta do grão, especialmente em estados como Minas Gerais e São Paulo, influenciando diretamente os preços.

2. Logística comprometida por tensões internacionais

A escassez de contêineres, aliada à congestão portuária, tem dificultado a exportação de café brasileiro. Além disso, conflitos no Oriente Médio agravaram o cenário, elevando os custos de transporte marítimo e restringindo o fluxo de mercadorias. Como resultado, o grão brasileiro, mesmo em alta demanda, enfrentou obstáculos para chegar aos mercados consumidores.

3. Demanda global aquecida

A popularização do café em mercados emergentes, como China, Índia e países do Sudeste Asiático, aumentou significativamente a pressão sobre a oferta global. Essa nova realidade alterou o equilíbrio entre produção e consumo, levando à valorização acelerada do grão no mercado internacional.


Impactos do preço do café no consumo dos brasileiros

Com o café mais caro nas prateleiras, o comportamento do consumidor também mudou:

  • 49% dos brasileiros reduziram o consumo diário da bebida;

  • 50% migraram para marcas mais baratas, buscando alternativas acessíveis;

  • 79% afirmam ter mudado seus hábitos alimentares devido à inflação dos alimentos.

Esses números revelam o impacto direto do preço do café na mesa dos brasileiros, afetando tanto o consumo quanto as escolhas nutricionais.


Medidas do governo para controlar o preço do café e estimular a produção

Diante da alta dos preços e da pressão popular, o governo federal propôs uma flexibilização das regras de crédito rural para apoiar os produtores de café. O objetivo é facilitar o acesso ao financiamento agrícola e incentivar a produção, garantindo abastecimento interno e estabilidade de preços.

Acesso conjunto ao Pronamp e Funcafé

Atualmente, o produtor rural que acessa uma linha de crédito pelo Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural) está impedido de utilizar, no mesmo ano agrícola, outra linha de custeio como o Funcafé (Fundo de Defesa da Economia Cafeeira). A proposta do governo é permitir o acesso simultâneo aos dois programas, respeitando os limites individuais:

  • Pronamp: até R$ 1,5 milhão por ano agrícola;

  • Funcafé: até R$ 3 milhões por cafeicultor.

Essa medida visa ampliar a disponibilidade de recursos e evitar que verbas destinadas ao financiamento agrícola fiquem ociosas.

Expansão do crédito ao pequeno produtor via Pronaf

A proposta do governo também inclui a flexibilização das regras do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), permitindo que pequenos produtores de café tomem até R$ 250 mil por ano agrícola para o custeio da lavoura.

Com isso, a expectativa é contemplar produtores de todas as faixas — pequenos, médios e grandes — incentivando a retomada da produção e o equilíbrio da oferta nacional.


Medidas emergenciais para conter a inflação

Além da reestruturação do crédito rural, o governo federal adotou uma ação imediata: isenção do imposto de importação sobre o café. A ideia é facilitar a entrada de grãos importados, aumentando a oferta interna e reduzindo o impacto da inflação sobre os consumidores.

Contudo, as autoridades reconhecem que essa é uma medida paliativa. A solução definitiva, segundo o próprio governo, está em fortalecer a produção nacional de café, com foco na sustentabilidade e estabilidade de preços.


Setor produtivo reage com cautela, mas vê avanços

Embora Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café) e CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) ainda não tenham se posicionado oficialmente, produtores e cooperativas regionais veem com bons olhos a proposta de flexibilização.

Os principais benefícios apontados pelos produtores incluem:

  • Maior liberdade de planejamento e investimento;

  • Acesso a linhas de crédito mais adaptadas à realidade rural;

  • Possibilidade de reagir com mais agilidade a situações climáticas adversas.

A medida também é vista como uma forma de democratizar o crédito agrícola, historicamente concentrado nas mãos de grandes produtores.


Tramitação da proposta e próximos passos

A flexibilização do acesso ao crédito foi formalmente encaminhada ao Conselho Monetário Nacional (CMN), responsável por aprovar alterações no Manual de Crédito Rural (MCR). A expectativa é que o tema seja debatido nas próximas reuniões do colegiado.

No caso do Pronaf, a mudança precisa ser avaliada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que deverá analisar o impacto fiscal da medida e sua viabilidade operacional.

Caso aprovadas, as novas regras podem entrar em vigor já no segundo semestre de 2025, oferecendo alívio imediato aos cafeicultores e contribuindo para o controle do preço do café no mercado interno.


O café como termômetro econômico do Brasil

Mais do que uma simples bebida, o café é um dos produtos mais simbólicos e relevantes da economia brasileira. O aumento de 66,2% em seu preço, em apenas 12 meses, reflete a fragilidade de uma cadeia produtiva exposta a variáveis climáticas, geopolíticas e logísticas.

A resposta do governo, ao propor medidas estruturantes e emergenciais, aponta para uma tentativa de preservar o equilíbrio do setor e proteger o consumidor final. No entanto, a efetividade das ações dependerá da agilidade na tramitação e da cooperação entre entidades públicas e privadas.

Com o país no centro da produção global de café, a forma como o Brasil lida com essa crise poderá servir de exemplo — ou alerta — para outros países produtores que enfrentam desafios semelhantes.

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