Sem Bolsonaro, Flávio lidera preferência do eleitorado de direita em 2026
A ausência de Jair Bolsonaro do cenário eleitoral de 2026, motivada por sua inelegibilidade e pela prisão decorrente da condenação por tentativa de golpe de Estado, reorganizou profundamente o campo político da direita brasileira. Nesse novo tabuleiro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) surge como o principal herdeiro do capital político construído pelo ex-presidente ao longo da última década, consolidando-se como o nome mais competitivo entre eleitores que se identificam com o espectro conservador. É o que aponta levantamento recente do Instituto Paraná Pesquisas, que revela Flávio Bolsonaro liderança da direita em 2026 como o eixo central da disputa interna no bolsonarismo sem Bolsonaro.
Os dados indicam que Flávio aparece na dianteira da preferência do eleitorado de direita, com 20,6% das intenções de voto entre os nomes apresentados. O percentual, embora relevante, não configura hegemonia absoluta e expõe um cenário fragmentado, no qual a direita ainda busca um nome capaz de unificar diferentes correntes ideológicas, lideranças regionais e bases eleitorais que antes orbitavam em torno da figura do ex-presidente.
O vazio deixado por Jair Bolsonaro e a disputa pela herança política
A retirada compulsória de Jair Bolsonaro da disputa presidencial criou um vácuo de liderança sem precedentes no campo conservador desde a redemocratização. Diferentemente de outros ciclos políticos, em que líderes carismáticos indicavam sucessores diretos, o bolsonarismo se vê agora diante do desafio de reinventar sua estratégia eleitoral sem o principal fiador simbólico do movimento.
Nesse contexto, Flávio Bolsonaro liderança da direita em 2026 ganha relevância não apenas como dado estatístico, mas como sinalização de continuidade política. O senador carrega o sobrenome que ainda mobiliza parte expressiva do eleitorado conservador, especialmente entre aqueles que mantêm fidelidade ideológica ao legado do ex-presidente. Ao mesmo tempo, sua trajetória institucional, com atuação no Senado e perfil menos confrontacional que o do pai, o posiciona como uma alternativa considerada viável por segmentos que buscam estabilidade e previsibilidade.
Fragmentação do eleitorado conservador e o peso dos indecisos
Apesar da liderança de Flávio Bolsonaro, a pesquisa evidencia um dado crucial: 27,3% dos eleitores de direita afirmam não votar em nenhum dos nomes apresentados. Esse contingente supera individualmente todos os potenciais herdeiros do bolsonarismo e revela um grau elevado de desorientação política dentro do campo conservador.
Esse fenômeno reforça a leitura de que a direita brasileira atravessa um período de transição, marcado pela ausência de uma liderança incontestável. A fragmentação abre espaço tanto para a consolidação de Flávio Bolsonaro liderança da direita em 2026 quanto para o surgimento de candidaturas alternativas capazes de dialogar com eleitores insatisfeitos ou céticos em relação aos nomes tradicionais.
Tarcísio de Freitas e a força do gestor técnico
Na segunda colocação do levantamento aparece o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, com 13,7% das intenções de voto. Ex-ministro da Infraestrutura, Tarcísio construiu sua imagem com base em um discurso técnico, voltado à gestão e à execução de obras, o que lhe garantiu forte aprovação no maior colégio eleitoral do país.
Embora não possua o mesmo capital simbólico do sobrenome Bolsonaro, Tarcísio é visto por parte do eleitorado como um nome capaz de ampliar a base da direita, dialogando com setores do centro e do empresariado. Ainda assim, os números indicam que, no atual estágio, Flávio Bolsonaro liderança da direita em 2026 permanece à frente na preferência dos eleitores mais identificados com o bolsonarismo raiz.
Michelle Bolsonaro e o apelo junto à base conservadora
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro figura em terceiro lugar, com 10,3% das intenções de voto. Seu desempenho reflete a forte identificação com segmentos evangélicos e conservadores, que veem em Michelle uma representante dos valores defendidos durante o governo Bolsonaro.
No entanto, a ausência de experiência eletiva e a falta de atuação direta em cargos legislativos ou executivos nacionais ainda pesam contra sua consolidação como liderança majoritária. Nesse cenário, Michelle aparece mais como um ativo político relevante dentro do grupo bolsonarista do que como uma candidata capaz de rivalizar diretamente com Flávio Bolsonaro liderança da direita em 2026.
Lideranças regionais e o desafio da projeção nacional
Outros nomes testados pelo instituto reforçam a pulverização da direita. O governador do Paraná, Ratinho Junior, soma 9,8% das intenções de voto, enquanto a senadora Tereza Cristina alcança 6%. Ambos possuem forte inserção regional e reconhecimento em seus estados, mas enfrentam dificuldades para ampliar sua visibilidade nacional em um ambiente altamente polarizado.
Ronaldo Caiado, governador de Goiás, aparece com 4,5%, e Romeu Zema, governador de Minas Gerais, registra 2,8%. Os números indicam que, apesar de trajetórias administrativas consolidadas, esses líderes ainda não conseguiram se posicionar como alternativas competitivas no debate nacional da direita.
O significado político da liderança de Flávio Bolsonaro
A liderança de Flávio Bolsonaro liderança da direita em 2026 deve ser interpretada como um reflexo direto da permanência do bolsonarismo como força política relevante, mesmo após a queda e a condenação de seu principal líder. O sobrenome Bolsonaro continua funcionando como um catalisador de votos, especialmente entre eleitores que veem o ex-presidente como vítima de perseguição política ou que rejeitam o campo progressista.
Além disso, Flávio se beneficia de uma imagem menos radicalizada, o que pode facilitar pontes com setores institucionais e econômicos que se afastaram do bolsonarismo mais agressivo. Essa combinação de herança política e perfil moderado explica, em parte, seu desempenho superior aos demais concorrentes.
Pesquisa, metodologia e contexto eleitoral
O levantamento do Instituto Paraná Pesquisas ouviu 2.038 eleitores entre os dias 18 e 22 de dezembro de 2025. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%. Os dados oferecem um retrato consistente do momento político, mas não devem ser interpretados como previsão definitiva do cenário eleitoral de 2026.
O histórico recente da política brasileira mostra que o eleitorado é altamente volátil e sensível a eventos econômicos, decisões judiciais e movimentos estratégicos dos partidos. Ainda assim, os números reforçam a centralidade do debate em torno de Flávio Bolsonaro liderança da direita em 2026 como eixo organizador da sucessão no campo conservador.
Desafios para a consolidação de uma candidatura única
O principal desafio da direita nos próximos meses será reduzir a fragmentação e construir uma candidatura capaz de unificar diferentes correntes ideológicas. A liderança de Flávio Bolsonaro não garante, por si só, essa unificação. Será necessário articular alianças partidárias, dialogar com governadores e lideranças regionais e apresentar um projeto de país que vá além da retórica de oposição.
Nesse processo, a capacidade de Flávio de se diferenciar do legado mais controverso do pai, sem perder o apoio da base bolsonarista, será determinante. A equação é delicada, mas os dados atuais indicam que ele parte em vantagem na corrida interna da direita.
Perspectivas para 2026
À medida que o calendário eleitoral avança, a tendência é de intensificação das disputas internas e de redefinição das estratégias partidárias. A liderança de Flávio Bolsonaro liderança da direita em 2026 pode se consolidar ou ser desafiada por movimentos inesperados, como a emergência de uma candidatura de consenso ou a reconfiguração do cenário político nacional.
Por ora, o que se observa é uma direita em busca de identidade, ainda fortemente ancorada no legado de Jair Bolsonaro, mas consciente da necessidade de adaptação. Nesse contexto, Flávio Bolsonaro desponta como o nome mais bem posicionado para herdar esse espaço, embora o caminho até 2026 permaneça aberto e sujeito a mudanças significativas.






