Sucessão de Barroso no STF: Randolfe Rodrigues cita Pacheco e Messias como possíveis indicados por Lula
A sucessão de Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF) movimenta os bastidores políticos de Brasília. Com o anúncio da aposentadoria antecipada do ministro, feita nesta quinta-feira (9), o governo de Luiz Inácio Lula da Silva inicia uma das escolhas mais estratégicas de seu mandato. Segundo o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), nomes como Rodrigo Pacheco e Jorge Messias despontam entre os cotados para a sucessão de Barroso no STF — um processo que promete debates intensos e articulações de alto nível entre os Poderes.
O desafio de Lula na sucessão de Barroso no STF
A saída de Luís Roberto Barroso, aos 67 anos, abre uma vaga que terá impacto direto na configuração do Supremo e nas decisões futuras da Corte. Embora pudesse permanecer até os 75 anos, o ministro decidiu antecipar sua aposentadoria, encerrando uma trajetória marcada por protagonismo jurídico e político.
Segundo Randolfe Rodrigues, Lula enfrentará o desafio de encontrar “um substituto à altura” para o magistrado, reconhecido por sua firme atuação em temas constitucionais e na defesa da democracia. A sucessão de Barroso no STF será, portanto, um teste importante para o presidente, que busca equilibrar critérios técnicos, políticos e simbólicos na escolha do novo ministro.
Pacheco e Messias entre os nomes cotados
Entre os nomes que ganham força nos bastidores está o de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atual presidente do Senado Federal e figura central nas negociações entre o Executivo e o Legislativo. Sua relação institucional com Lula e o bom trânsito entre diferentes partidos o colocam como um nome de consenso para parte da base aliada.
Outro nome citado por Randolfe Rodrigues é o do advogado-geral da União, Jorge Messias, conhecido por sua fidelidade a Lula e atuação técnica em pautas jurídicas complexas. Messias, apelidado de “Bessias” por sua passagem no governo Dilma Rousseff, tem ampla experiência jurídica e seria uma escolha que reforçaria o perfil técnico da sucessão de Barroso no STF.
A importância política da nova indicação ao STF
A sucessão de Barroso no STF não é apenas uma decisão jurídica — é uma manobra política de grande alcance. O Supremo é peça-chave na sustentação institucional do governo, especialmente em temas sensíveis como políticas econômicas, direitos fundamentais e investigações envolvendo agentes públicos.
Cada indicação ao STF tem o potencial de alterar o equilíbrio interno da Corte. Hoje, Lula já indicou nomes de sua confiança, como Cristiano Zanin e Flávio Dino, o que fortalece sua influência nas decisões estratégicas do Tribunal. Com a saída de Barroso, o presidente poderá consolidar ainda mais esse alinhamento, dependendo de quem escolher para a vaga.
O papel de Randolfe Rodrigues na articulação política
Como líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues atua como uma ponte entre o Palácio do Planalto e o Parlamento. Sua fala sobre a sucessão de Barroso no STF sinaliza que a escolha será tratada com cautela e diálogo, embora a decisão final caiba exclusivamente ao presidente da República.
Randolfe destacou ainda a importância do diálogo institucional: “O presidente Lula vai conversar com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para encontrar um nome que represente a altura de Barroso”, afirmou. Essa articulação é essencial para garantir que o indicado tenha apoio político suficiente para ser aprovado na sabatina do Senado Federal, etapa obrigatória do processo.
A trajetória de Luís Roberto Barroso no STF
Nomeado em 2013 pela ex-presidente Dilma Rousseff, Luís Roberto Barroso se destacou no Supremo por sua atuação firme em temas de grande relevância nacional. Defensor da democracia e dos direitos individuais, ele foi protagonista em julgamentos sobre uniões homoafetivas, liberdade de expressão e combate à desinformação.
Durante sua gestão como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Barroso também foi figura central no enfrentamento às fake news e na defesa do sistema eleitoral brasileiro, o que o colocou no centro de embates políticos e institucionais. Sua saída marca o fim de uma era e abre espaço para uma nova fase no STF — uma das razões pelas quais a sucessão de Barroso no STF desperta tanto interesse.
Quem tem poder de indicar e aprovar ministros do STF
A Constituição Federal determina que a escolha de ministros do STF é prerrogativa exclusiva do Presidente da República, com aprovação posterior do Senado Federal, após sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Esse processo busca garantir equilíbrio entre os Poderes e legitimidade ao indicado. Historicamente, os presidentes têm buscado nomes de confiança pessoal e jurídica, mas também que contem com respaldo político para evitar rejeições no Senado.
No caso da sucessão de Barroso no STF, Lula deve adotar uma postura estratégica: escolher alguém que una competência técnica e capacidade de diálogo, especialmente num cenário de polarização política.
Expectativa nos bastidores do Planalto e do Senado
Nos bastidores do Planalto, há consenso de que a indicação deve ocorrer ainda em 2025, para que o novo ministro assuma antes do próximo ciclo de julgamentos importantes. Assessores próximos ao presidente afirmam que Lula avalia não apenas a trajetória jurídica dos cotados, mas também o simbolismo de cada escolha.
Enquanto Rodrigo Pacheco representaria uma opção política de peso e diálogo institucional, Jorge Messias simboliza a lealdade técnica e ideológica ao governo. Essa disputa interna reflete a importância da sucessão de Barroso no STF para o futuro do Poder Judiciário e para a consolidação das estratégias do governo Lula.
Impacto institucional da sucessão de Barroso no STF
A renovação no Supremo tende a influenciar diretamente os rumos das decisões sobre temas como reformas econômicas, políticas ambientais e direitos civis. A escolha de Lula poderá fortalecer uma visão mais progressista e garantista no Tribunal, alinhada às bandeiras históricas da esquerda.
A sucessão de Barroso no STF é vista, portanto, não apenas como uma troca de cadeiras, mas como um momento de redefinição institucional — um ponto de inflexão na relação entre o Executivo e o Judiciário.
Um marco político e jurídico para o Brasil
Com a saída de Luís Roberto Barroso, o Supremo Tribunal Federal inicia um novo capítulo de sua história. A decisão de Lula sobre quem ocupará essa vaga influenciará o equilíbrio da Corte por décadas.
A fala de Randolfe Rodrigues trouxe à tona os principais nomes e expôs a importância de um diálogo cuidadoso entre os Poderes. Entre Pacheco e Messias, o presidente deverá escolher um perfil que combine técnica, representatividade e confiança — pilares fundamentais para o fortalecimento do STF e da democracia brasileira.
A sucessão de Barroso no STF será, portanto, uma das decisões mais simbólicas do terceiro mandato de Lula, e deve moldar o cenário político e jurídico do país nos próximos anos.






