Banco Central libera ferramenta para bloquear chaves PIX e reforça a segurança contra fraudes
O Banco Central (BC) anunciou uma novidade que promete elevar o padrão de proteção de quem usa pagamentos instantâneos no país: a possibilidade de bloquear chaves PIX preventivamente no seu nome. A partir de dezembro, qualquer pessoa física ou jurídica poderá acionar, pelo Registrato, um mecanismo que impede que terceiros criem novos identificadores vinculados ao seu CPF ou CNPJ sem autorização. A medida responde ao aumento de tentativas de golpes e se soma a um conjunto de ações recentes de monitoramento, marcação e exclusão de chaves suspeitas.
Além de simples de ativar e reverter, o recurso será gratuito e integra o esforço do BC para consolidar uma camada adicional de defesa no ecossistema do PIX — hoje, o meio de pagamento mais popular do país. Para o usuário final, o benefício é duplo: bloquear chaves PIX reduz a superfície de ataque dos criminosos e centraliza o controle em uma plataforma oficial, o Registrato, já conhecida por oferecer relatórios de contas, empréstimos e movimentações cambiais.
O que muda com a possibilidade de bloquear chaves PIX
A principal mudança é a autonomia do cidadão para bloquear chaves PIX antes mesmo que tentativas de fraude aconteçam. Hoje, criminosos podem tentar registrar chaves em nome de terceiros para confundir pagadores, capturar valores por engano ou facilitar a abertura de contas de fachada. Com o novo bloqueio:
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Você indica ao sistema do BC que não autoriza a criação de novas chaves no seu CPF/CNPJ;
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Seus identificadores já existentes continuam operando normalmente;
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Caso precise registrar mais uma chave no futuro, basta desativar temporariamente o bloqueio, criar a chave e reativar a proteção.
Na prática, bloquear chaves PIX funciona como uma “trava mestra”: o que já existe segue ativo; o que ainda não existe não poderá ser criado sem sua anuência. A lógica é similar ao serviço de prevenção à abertura de novas contas — disponível no próprio Registrato —, agora adequado ao universo do PIX.
Por que bloquear chaves PIX reforça a sua segurança
Golpistas se aproveitam de janelas de descuido para registrar chaves fraudulentas, multiplicar perfis de recebimento e criar confusão em transações P2P (pessoa para pessoa) e P2B (pessoa para empresa). Ao bloquear chaves PIX, você:
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Reduz a chance de falsidade ideológica no sistema: novas chaves no seu nome ficam bloqueadas por padrão.
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Evita armadilhas com homônimos e e-mails semelhantes: o registro indevido vira uma barreira difícil de superar para criminosos.
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Mantém governança do seu cadastro: tudo é gerido em ambiente oficial do BC, com histórico e rastreabilidade.
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Ganha tempo para agir: com o bloqueio ativo, qualquer tentativa de ampliar a fraude por novas chaves é neutralizada na origem.
Essa camada extra se soma a outros instrumentos de proteção já adotados: marcação de chaves suspeitas por instituições participantes, rotinas de bloqueio cautelar em transações, botão de contestação nos apps bancários e fluxos padronizados de devolução em caso de golpe comprovado. Em conjunto, as medidas criam um ecossistema mais resiliente — e bloquear chaves PIX passa a ser mais um passo simples e eficaz ao alcance do usuário.
Passo a passo: como bloquear chaves PIX no Registrato
A funcionalidade estará disponível em dezembro. O caminho esperado é o seguinte:
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Acesse o Registrato (plataforma oficial do BC) com sua conta Gov.br.
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No menu de serviços, entre no módulo de PIX e procure a opção “Bloqueio de criação de novas chaves”.
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Ative o bloqueio para seu CPF (pessoa física) ou CNPJ (pessoa jurídica).
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Confirme a solicitação e salve o protocolo.
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Precisa registrar uma chave? Desative temporariamente, crie a nova chave no seu banco/fintech, volte ao Registrato e reative o bloqueio.
O processo foi desenhado para ser rápido, intuitivo e com o menor atrito possível. Em outras palavras: você consegue bloquear chaves PIX em minutos, sem depender de atendimento humano ou idas à agência.
Quem deve ativar o bloqueio preventivo
Qualquer usuário pode se beneficiar, mas o ganho é ainda maior para perfis de risco:
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Profissionais expostos (influenciadores, executivos, comerciantes): tornam-se alvos mais frequentes de engenharia social.
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Empresas com alto volume de recebimentos: a possibilidade de confusão com chaves “parecidas” é explorada por golpistas.
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Pessoas que já sofreram tentativa de fraude: bloquear chaves PIX ajuda a estancar novas investidas.
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Idosos e públicos vulneráveis: a trava preventiva reduz a chance de registros indevidos por terceiros mal-intencionados.
Em todos os casos, bloquear chaves PIX não altera o funcionamento dos identificadores que você já usa — e o desbloqueio temporário é uma etapa simples quando necessário.
Melhores práticas para combinar com o bloqueio
Para elevar sua proteção, adote rotinas complementares:
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Higienize suas chaves: mantenha só o que usa; exclua duplicidades ou e-mails obsoletos.
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Ative alertas no app do banco para qualquer mudança cadastral.
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Use o botão de contestação imediatamente ao suspeitar de transações indevidas.
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Nunca compartilhe códigos de autenticação; nenhum banco pede token ou senha por telefone/mensagens.
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Eduque sua equipe (no caso de empresas): padronize quem pode alterar chaves e em quais instituições.
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Revise acessos do Gov.br: contas com alto nível de segurança facilitam gerenciar e bloquear chaves PIX sem riscos.
Dúvidas frequentes sobre bloquear chaves PIX
Bloquear chaves PIX cancela as chaves que já tenho?
Não. O bloqueio impede apenas a criação de novas chaves. As atuais continuam funcionando.
Posso reverter o bloqueio quando precisar?
Sim. O processo é reversível a qualquer momento no Registrato. Crie a nova chave e reative o bloqueio em seguida.
Pessoa jurídica também consegue bloquear chaves PIX?
Sim. Empresas podem habilitar o bloqueio para o CNPJ e gerenciar o cadastro com o mesmo nível de controle.
Se eu esquecer o bloqueio ativado, perco pagamentos?
Não. O recebimento via chaves já existentes segue normal. O bloqueio só afeta novos registros.
O bloqueio substitui outras medidas de segurança?
Não. Ele complementa marcações antifraude, bloqueios cautelares e contestação de transações. A defesa é por camadas.
Como bloquear chaves PIX impacta as empresas
No ambiente corporativo, o cadastro de chaves é parte crítica da jornada de cobrança, reconciliação e antifraude. Ao bloquear chaves PIX, o CNPJ:
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Diminui o risco de “ramificações” de recebimento criadas sem governança;
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Evita erros operacionais de equipes ou parceiros que tentem cadastrar chaves não padronizadas;
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Centraliza a política de chaves oficiais, reduzindo suporte e retrabalho por pagamentos perdidos.
Para grupos com múltiplas filiais, vale definir uma política de chaves por unidade, registrar somente o necessário e bloquear chaves PIX no CNPJ raiz ou nos CNPJs das controladas, conforme a necessidade de operação.
O que observar ao desativar temporariamente o bloqueio
Em algum momento você pode querer incluir uma nova chave. Antes de desativar:
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Planeje qual chave criará (telefone, e-mail, aleatória, CPF/CNPJ).
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Escolha a instituição e confira se a chave não está em uso em outro banco seu.
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Crie a chave imediatamente após a desativação para reduzir a janela de exposição.
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Reative o bloqueio no Registrato assim que concluir o processo.
Com esse ritual, bloquear chaves PIX continua sendo sua linha de defesa padrão, e a exceção fica restrita a poucos minutos.
Casos típicos de golpe que o bloqueio ajuda a evitar
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Imitação de e-mail/telefone: criminosos registram uma chave muito parecida com a sua para confundir pagadores. Ao bloquear chaves PIX, novas tentativas não passam.
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Cadastro por terceiros de “boa fé”: parceiros ou funcionários criam chaves novas “para agilizar”, sem governança — uma prática arriscada e desnecessária com o bloqueio ativo.
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Alimentação de contas laranja: impedir novos registros no seu CPF/CNPJ dificulta a estratégia de pulverização de recebimentos.
PIX mais seguro: o papel do usuário na proteção do ecossistema
A prevenção começa no comportamento. O BC amplia barreiras sistêmicas, mas cabe a cada cidadão:
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Verificar a chave do recebedor antes de enviar;
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Desconfiar de urgências e pedidos de “teste de PIX”;
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Ativar e manter o bloqueio preventivo;
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Atualizar cadastros e manter o hábito de revisão no Registrato.
Com essas rotinas, bloquear chaves PIX deixa de ser só uma novidade e vira um hábito de higiene digital — tão essencial quanto usar autenticação em duas etapas.
Checklist rápido para ativar e manter o bloqueio
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Acesso ao Registrato com conta Gov.br verificada;
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Mapeamento das chaves em uso por instituição;
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Ativação do bloqueio de criação de novas chaves;
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Procedimento interno (empresa) para desbloqueio temporário;
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Reativação imediata após registrar a nova chave;
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Auditoria trimestral das chaves e exclusão das obsoletas.
Cumprido esse checklist, você transforma o ato de bloquear chaves PIX em rotina de segurança contínua.
Intertítulos sugeridos para leitura escaneável
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O que muda ao bloquear chaves PIX
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Passo a passo no Registrato
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Quem deve ativar o bloqueio
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Boas práticas de segurança
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Perguntas e respostas
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Impactos em empresas
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Casos de golpe e prevenção
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Checklist de implementação
Por que ativar hoje o seu bloquear chaves PIX
O PIX tornou pagamentos mais simples, mas a simplicidade também atrai golpistas criativos. Ter à disposição um freio preventivo — e fácil de usar — coloca o usuário de volta no controle do próprio cadastro. Bloquear chaves PIX não é exagero: é uma medida proporcional ao tamanho da sua exposição digital. Para quem opera no varejo, para quem recebe por serviços, para famílias e para empresas, a recomendação é a mesma: ative o bloqueio, mantenha suas chaves organizadas e trate a liberação temporária como exceção.
Segurança eficaz é a soma de pequenas rotinas bem executadas. E, entre elas, bloquear chaves PIX passa a ser uma das mais importantes.






