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Economia da China estagna em novembro e pressiona governo por reformas

por Camila Braga - Repórter de Economia
15/12/2025
em Destaque, Economia, Mundo, News
Economia Da China Estagna Em Novembro E Pressiona Governo Por Reformas - Gazeta Mercantil

Economia da China perde fôlego em novembro e amplia pressão por reformas estruturais

A economia da China entrou em novembro em um quadro de estagnação que acendeu alertas tanto dentro do país quanto no mercado internacional. Dados recentes mostram desaceleração simultânea da produção industrial e do consumo, reforçando a percepção de que o atual modelo de crescimento perdeu tração e exige reformas estruturais profundas para sustentar a atividade econômica nos próximos anos.

O desempenho fraco da economia da China ocorre em um momento sensível, marcado pelo esgotamento de estímulos temporários, por uma crise imobiliária prolongada e por crescentes resistências externas ao avanço das exportações chinesas. Ainda que o país caminhe para cumprir a meta oficial de crescimento em 2025, o horizonte a partir de 2026 se mostra cada vez mais desafiador.


Produção industrial desacelera e sinaliza perda de dinamismo

A produção industrial chinesa registrou em novembro o ritmo mais fraco em mais de um ano, refletindo a dificuldade de manter a expansão diante de uma demanda doméstica enfraquecida e de margens pressionadas pela deflação. O resultado confirma que a economia da China enfrenta limites crescentes para sustentar o crescimento apenas com investimento industrial e exportações.

O setor manufatureiro, historicamente motor da economia da China, sofre com excesso de capacidade, queda de preços e menor rentabilidade. Mesmo segmentos estratégicos, como tecnologia e bens de capital, já mostram sinais de saturação, o que reduz o impacto de novos investimentos sobre o PIB.

Esse cenário reforça a avaliação de economistas de que estímulos pontuais perderam eficácia e que ajustes mais profundos se tornaram inevitáveis.


Consumo interno segue fraco e amplia desequilíbrios

Outro dado que pesa sobre a economia da China é o fraco desempenho das vendas no varejo, indicador-chave do consumo das famílias. O crescimento mínimo observado em novembro evidencia que a confiança do consumidor segue abalada, mesmo após o fim das restrições sanitárias que vigoraram por anos.

A crise imobiliária tem papel central nesse processo. Com grande parte da riqueza das famílias concentrada em imóveis, a desvalorização do setor impacta diretamente a disposição para consumir. Além disso, o mercado de trabalho ainda não oferece sinais suficientes de recuperação para sustentar uma retomada mais robusta da demanda.

A fraqueza do consumo limita a capacidade da economia da China de se reequilibrar internamente, mantendo a dependência de fatores externos.


Subsídios perdem força e reduzem estímulos ao crescimento

Nos últimos anos, o governo chinês recorreu a subsídios ao consumo e a incentivos fiscais como forma de sustentar a atividade. No entanto, esses instrumentos começaram a perder força em 2025, reduzindo seu impacto sobre a economia da China.

Com o enfraquecimento desses estímulos, ficou mais evidente a ausência de motores estruturais de crescimento. A retirada gradual dos subsídios expôs fragilidades que estavam parcialmente mascaradas, como baixa produtividade, endividamento elevado e excesso de investimento em setores já maduros.

Esse movimento reforça a necessidade de uma agenda de reformas que vá além de medidas emergenciais.


Exportações sustentam crescimento, mas estratégia mostra limites

Diante da fraqueza do mercado interno, as autoridades chinesas passaram a depender ainda mais das exportações para sustentar a economia da China. O país acumulou um superávit comercial recorde, que ajudou a manter o crescimento próximo da meta oficial.

No entanto, essa estratégia começa a encontrar resistências crescentes no cenário internacional. Parceiros comerciais demonstram insatisfação com o volume de produtos chineses e avaliam medidas para proteger suas indústrias, o que reduz o espaço para expansão futura das exportações.

A dependência excessiva do setor externo torna a economia da China mais vulnerável a tensões geopolíticas e a mudanças no comércio global.


Pressão internacional aumenta desafios internos

A reação de outros países ao superávit comercial chinês adiciona uma camada extra de complexidade ao cenário econômico. Barreiras comerciais e políticas industriais mais agressivas no exterior limitam a capacidade da economia da China de continuar crescendo via exportações.

Esse ambiente externo menos favorável obriga Pequim a reconsiderar sua estratégia de desenvolvimento. Sem uma recuperação consistente da demanda doméstica, o país corre o risco de enfrentar um período prolongado de crescimento baixo.


Crise imobiliária segue como principal entrave estrutural

A crise do setor imobiliário permanece como um dos maiores obstáculos à recuperação da economia da China. O ajuste necessário para corrigir excessos acumulados ao longo de décadas é profundo e custoso, com impactos diretos sobre consumo, investimento e confiança.

Estimativas indicam que a correção desse setor exigirá esforços equivalentes a uma parcela relevante do PIB ao longo de vários anos. Enquanto isso, a incerteza em torno do mercado imobiliário continua a afetar decisões econômicas de famílias e empresas.

Sem uma solução clara para esse problema, a economia da China dificilmente retomará um ritmo de crescimento mais elevado de forma sustentável.


Deflação industrial limita margens e investimentos

Outro fator que pressiona a economia da China é o risco de deflação, especialmente no setor industrial. A queda de preços reduz margens de lucro e desestimula novos investimentos, criando um círculo vicioso de baixo crescimento.

Empresas enfrentam dificuldades para repassar custos e manter rentabilidade, o que afeta o mercado de trabalho e reforça a cautela dos consumidores. Esse ambiente torna menos eficaz o uso de estímulos tradicionais, como crédito barato.


Economistas defendem reformas estruturais profundas

Diante desse quadro, cresce o consenso entre analistas de que a economia da China já ultrapassou o ponto em que estímulos adicionais seriam suficientes para resolver os problemas. A prioridade, agora, passa por reformas estruturais capazes de reequilibrar o modelo de crescimento.

Entre as mudanças mais citadas estão a redução da dependência do setor imobiliário, o fortalecimento da rede de proteção social para estimular o consumo e a abertura de novos espaços para a iniciativa privada.

Sem essas reformas, o risco é de prolongar um período de crescimento anêmico.


Confiança do consumidor é peça-chave para retomada

Autoridades chinesas reconhecem que recuperar a confiança do consumidor é fundamental para destravar a economia da China. Medidas voltadas à estabilidade do emprego, à segurança financeira das famílias e à previsibilidade das políticas públicas são vistas como essenciais.

Enquanto o consumo permanecer fraco, qualquer recuperação tende a ser limitada e vulnerável a choques externos.


Olhar voltado para 2026 e além

Apesar do desempenho fraco em novembro, o governo chinês avalia que a meta de crescimento para 2025 ainda está ao alcance. Isso explica a cautela em adotar novos estímulos de curto prazo, com o foco sendo deslocado para 2026 e anos seguintes.

Essa estratégia indica que Pequim aposta em um ajuste gradual, ainda que isso implique aceitar um ritmo mais lento da economia da China no curto prazo.


Impactos globais da desaceleração chinesa

A estagnação da economia da China tem repercussões globais, afetando preços de commodities, cadeias produtivas e fluxos de comércio. Países fortemente integrados à economia chinesa sentem os efeitos da menor demanda, enquanto mercados financeiros monitoram o risco de contágio.

O desempenho da China segue sendo um dos principais fatores de influência sobre a economia mundial.


Economia da China entra em fase decisiva

Os dados de novembro deixam claro que a economia da China atravessa uma fase decisiva. O modelo baseado em investimento pesado, exportações e setor imobiliário mostra sinais de esgotamento, exigindo mudanças estruturais para garantir crescimento sustentável.

A forma como Pequim conduzirá esse processo nos próximos anos será determinante não apenas para o futuro do país, mas também para o equilíbrio da economia global.

Tags: consumo na Chinacrescimento da Chinacrise imobiliária na Chinaeconomia chinesa hojeprodução industrial chinesareformas econômicas China

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