Ibovespa hoje sobe e tenta recuperar os 147 mil pontos com expectativa de corte de juros nos EUA
O Ibovespa hoje inicia o mês de outubro em terreno positivo, buscando retomar os 147 mil pontos após encerrar setembro com valorização acumulada de 3,4%. A alta é sustentada por expectativas de corte de juros nos Estados Unidos, cenário que reforça o apetite ao risco nos mercados globais e impulsiona o desempenho da bolsa brasileira.
Enquanto isso, os investidores acompanham de perto as movimentações em Brasília, com a votação de medidas tributárias de impacto direto na renda dos trabalhadores e nas empresas, além da tramitação da reforma tributária. No exterior, o foco está no início da paralisação parcial do governo norte-americano, o chamado shutdown, e nas novas apostas sobre a política monetária do Federal Reserve (Fed).
Desempenho do Ibovespa hoje e do dólar
Por volta das 10h15 (horário de Brasília), o Ibovespa hoje registrava alta de 0,34%, aos 146.736 pontos, em linha com o movimento positivo dos mercados internacionais. A valorização reforça o sentimento de que os ativos de risco voltam a ganhar espaço diante das perspectivas de juros mais baixos nos Estados Unidos.
O dólar à vista também refletia esse cenário, operando em queda frente ao real. A moeda americana recuava 0,23%, cotada a R$ 5,3115, acompanhando a tendência global de enfraquecimento frente a moedas emergentes.
Esse ambiente é visto como positivo para a bolsa brasileira, uma vez que a valorização do real tende a aliviar pressões inflacionárias e atrair fluxo estrangeiro para ativos locais.
Cinco fatores que influenciam o Ibovespa hoje
1. Isenção do Imposto de Renda
A Câmara dos Deputados deve votar nesta quarta-feira (1º) o projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para contribuintes que recebem até R$ 5 mil por mês. A proposta também prevê descontos para salários de até R$ 7.350 e estabelece uma alíquota mínima de 10% para contribuintes de altíssima renda.
O tema é relevante para o Ibovespa hoje, já que impacta diretamente o consumo interno, ao aumentar a renda disponível de milhões de brasileiros. Caso aprovada, a medida ainda precisará passar pelo Senado antes da sanção presidencial.
2. Reforma Tributária
Outro ponto de atenção do mercado é a reforma tributária. Ontem, o Senado aprovou o último projeto de regulamentação da reforma, com destaque para a implementação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a criação de um comitê gestor para sua aplicação.
O projeto ainda precisará ser reavaliado pela Câmara dos Deputados, uma vez que recebeu alterações no Senado. Para os investidores que observam o Ibovespa hoje, o avanço da reforma é visto como sinal positivo para simplificação do sistema tributário e maior previsibilidade para empresas.
3. Shutdown nos Estados Unidos
Nos Estados Unidos, o início do shutdown do governo federal representa um risco adicional aos mercados. A paralisação já é a 15ª desde 1981 e deve impactar setores estratégicos, como viagens aéreas, pesquisa científica e até mesmo o pagamento das tropas norte-americanas.
A cada dia de paralisação, estima-se um custo de US$ 400 milhões para a economia norte-americana. Analistas alertam que a indefinição pode afetar o apetite dos investidores globais, trazendo volatilidade ao Ibovespa hoje.
4. Expectativa de corte de juros pelo Fed
O principal motor da alta do Ibovespa hoje está nas apostas de corte de juros pelo Federal Reserve. O mercado precifica quase 100% de chance de que a taxa seja reduzida em 0,25 ponto percentual ainda neste mês, levando os juros para a faixa de 3,75% a 4,00% ao ano.
Esse cenário reforça a atratividade de mercados emergentes, como o Brasil, e favorece setores sensíveis a juros, como varejo e construção civil. Além disso, um ambiente de liquidez mais farta tende a estimular fluxos para a bolsa brasileira.
5. Conflito em Gaza e tensões geopolíticas
A situação no Oriente Médio também está no radar do mercado. Enquanto Israel intensifica ataques na Faixa de Gaza, os Estados Unidos tentam mediar um cessar-fogo com apoio do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. O Hamas ainda avalia a proposta.
Embora o impacto direto sobre o Ibovespa hoje seja limitado, crises geopolíticas costumam elevar a aversão ao risco e pressionar ativos de mercados emergentes. Além disso, podem gerar volatilidade no preço do petróleo, que influencia empresas brasileiras listadas na bolsa.
Perspectivas para o investidor
O movimento positivo do Ibovespa hoje reflete uma combinação de fatores internos e externos. No Brasil, a pauta tributária é central para o equilíbrio fiscal e para o ambiente de negócios. Já no exterior, o possível corte de juros nos Estados Unidos tende a favorecer o fluxo de capital para países emergentes.
Para investidores, o cenário ainda exige cautela. A paralisação do governo norte-americano pode prolongar a volatilidade e gerar incertezas adicionais. Além disso, o avanço da reforma tributária dependerá da articulação política em Brasília.
Impacto setorial do Ibovespa hoje
Alguns setores da bolsa tendem a reagir de forma mais imediata às notícias do dia:
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Financeiro: bancos sofrem pressão moderada devido às perspectivas de juros menores.
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Varejo: tende a se beneficiar com a possível redução de juros e com o aumento da renda disponível via isenção do IR.
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Commodities: as ações ligadas ao petróleo podem enfrentar volatilidade em função das tensões no Oriente Médio.
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Construção civil: perspectiva de corte de juros nos EUA e estabilidade do câmbio favorecem o setor.
O investidor e o cenário global
A performance do Ibovespa hoje também está ligada ao posicionamento internacional. A queda do dólar e a expectativa de juros mais baixos nos Estados Unidos atraem capital estrangeiro, fortalecendo a bolsa brasileira.
Ao mesmo tempo, o cenário político global, com a paralisação do governo norte-americano e a escalada de tensões no Oriente Médio, exige monitoramento constante. Esses fatores podem alterar rapidamente o humor dos mercados e impactar a estratégia de investidores.
O Ibovespa hoje opera em alta, próximo dos 147 mil pontos, impulsionado pelo otimismo com o corte de juros nos Estados Unidos e pela tramitação de medidas tributárias no Brasil. Ao mesmo tempo, a atenção se volta para a paralisação do governo norte-americano e para o conflito em Gaza, que adicionam riscos ao cenário internacional.
Para quem acompanha o mercado, o dia exige equilíbrio entre otimismo e cautela. O avanço da pauta econômica no Brasil pode gerar ganhos adicionais, mas a volatilidade externa segue como um fator de incerteza.






