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Home Política

STF acelera decisão que pode levar à prisão de Jair Bolsonaro

17/11/2025
em Política, Destaque, News
Stf Acelera Decisão Que Pode Levar À Prisão De Jair Bolsonaro - Gazeta Mercantil

STF conclui etapa decisiva e abre caminho para a prisão de Jair Bolsonaro

A publicação da ata do julgamento que rejeitou os primeiros recursos apresentados pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro marca um dos momentos mais críticos do processo que pode culminar na prisão de Jair Bolsonaro. O Supremo Tribunal Federal formalizou nesta segunda-feira (17) o resultado da sessão da última sexta-feira, quando a Primeira Turma confirmou, por unanimidade, a condenação do ex-chefe do Executivo a 27 anos e três meses de pena em regime fechado por crimes relacionados à ruptura da ordem democrática.

A formalização acelera o trâmite. A partir de agora, o caso entra numa fase de prazos rápidos e com poucas margens de manobra para a defesa, que tenta postergar ao máximo uma decisão final. A expectativa no Supremo é que o acórdão — documento que detalha o entendimento jurídico adotado pelos ministros — seja divulgado até esta terça-feira (18). A partir da publicação, inicia-se imediatamente o prazo para novos recursos.

Na leitura de integrantes da Corte, nenhum desses recursos seria capaz de evitar o desfecho mais temido pelo entorno do ex-presidente: o início do cumprimento da pena. A pressão política e institucional aumenta, e a prisão de Jair Bolsonaro passa a ser tratada nos bastidores como uma possibilidade concreta para as próximas semanas.


Acórdão acelerará contagem dos prazos

Com a ata do julgamento publicada, o tribunal deve apresentar o acórdão final já com votos consolidados dos ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Cármen Lúcia. Embora os votos tenham sido sintéticos durante a sessão, o documento será decisivo para delimitar as bases para eventuais recursos da defesa.

Como o réu está em prisão domiciliar por outra investigação, os prazos processuais correm em dias corridos — mecanismo previsto para casos envolvendo réus presos. O único adiamento possível ocorre quando o último dia do prazo cai em finais de semana. Por isso, a tramitação tende a ser acelerada.

Nos bastidores do STF, ministros avaliam que os embargos apresentados até agora não exibem fundamentos capazes de reverter a condenação. A preocupação central, agora, desloca-se para o impacto político e institucional que a prisão de Jair Bolsonaro pode gerar num ambiente já marcado por tensões entre apoiadores do ex-presidente e órgãos de controle.


Estratégias da defesa perdem tração

A defesa de Jair Bolsonaro ainda pode recorrer por meio de duas principais ferramentas: novos embargos de declaração ou embargos infringentes. Os embargos de declaração podem ser usados para apontar supostas contradições ou omissões no acórdão, mas não têm efeito suspensivo automático. Caso o relator entenda que o objetivo é apenas atrasar o processo, pode rejeitá-los de imediato.

Os embargos infringentes, por sua vez, só podem ser apresentados quando há divergência com pelo menos dois votos discordantes. No caso concreto, isso não ocorreu. A decisão pela condenação foi unânime na Primeira Turma, sem divergência judicial substancial. O único voto favorável à absolvição, dado por Luiz Fux, não interfere nessa etapa porque o ministro não compõe mais o colegiado que analisou o recurso e, pelas regras internas, não reabre a discussão.

Há ainda a possibilidade de a defesa tentar um agravo para rediscutir o mérito na própria Turma, mas esse recurso também é considerado incapaz de frear o avanço processual. Nos cálculos de ministros e assessores jurídicos, a prisão de Jair Bolsonaro pode formalmente ser decretada antes do fim de novembro, caso os embargos sejam rejeitados em sequência.

Assim, cresce a percepção no mundo político de que o tempo para a defesa manobrar está se esgotando.


Caminhos possíveis para cumprir pena

A execução da pena abre um novo capítulo de debates entre juristas, parlamentares e setores da segurança pública. Ex-presidentes têm direito a condições especiais de custódia, a depender das circunstâncias, e não podem ser recolhidos a celas comuns.

O STF deve definir se a prisão de Jair Bolsonaro ocorrerá em uma ala especial do Complexo Penitenciário da Papuda, destinada a policiais militares e agentes que não podem ficar junto ao restante da população. Outra possibilidade é a instalação de sala especial em dependências da Polícia Federal, reproduzindo o que já ocorreu em casos de autoridades envolvidas em processos anteriores.

A defesa prepara um pedido para converter o cumprimento da pena em prisão domiciliar, sob argumento de que Bolsonaro apresenta fragilidade física decorrente de complicações médicas associadas à facada de 2018. O argumento busca respaldo na legislação que permite substituição por prisão humanitária quando há risco comprovado à saúde.

Nos bastidores, a Corte analisa com cautela. Há precedentes favoráveis, como o ex-presidente Fernando Collor, que obteve progressão à prisão domiciliar devido a condições específicas de saúde. Ainda assim, ministros avaliam que a gravidade do caso e o contexto político podem influenciar a decisão, reforçando o entendimento de que a aplicação da pena deve respeitar o rigor do processo penal.


Cenário político fica mais tenso

A perspectiva da prisão de Jair Bolsonaro repercute intensamente entre seus aliados, que se mobilizam para demonstrar apoio público e tentar gerar pressão política. Parlamentares próximos ao ex-presidente discutem estratégias que vão da tentativa de articulação com o Congresso até a convocação de atos de rua.

No entanto, avaliadores políticos experientes afirmam que esse movimento pode ter efeito limitado. Mesmo setores conservadores têm demonstrado preocupação com eventuais convocações que possam sair do controle e gerar cenas semelhantes às vistas em episódios anteriores.

Ao mesmo tempo, integrantes do governo observam com atenção o comportamento dos mercados e das instituições financeiras. Até o momento, não há sinais de instabilidade significativa — reflexo de que a transição para um cenário de cumprimento de pena é vista como uma etapa esperada e institucionalmente assimilável.


Impacto jurídico e institucional é considerado profundo

A fase atual do processo marca um momento excepcional para o sistema judicial brasileiro. A condenação envolveu acusações ligadas diretamente à ruptura da ordem democrática, consideradas gravíssimas por especialistas.

Juristas ressaltam que a prisão de Jair Bolsonaro pode representar um marco no combate a crescentes tensões envolvendo grupos radicais e práticas que desafiam a estabilidade das instituições. O Supremo tem sustentado que os mecanismos de responsabilização devem ser aplicados sem distinção de cargos exercidos no passado.

a decisão tende a reforçar o entendimento de que o sistema jurídico está disposto a aplicar punições mesmo a figuras que ocuparam a Presidência da República, fortalecendo uma narrativa de garantia institucional. Em paralelo, abre discussões sobre como proteger o equilíbrio entre punição e estabilidade democrática.


Próximas semanas serão decisivas

A contagem dos prazos será determinante para os próximos passos. Após a publicação do acórdão, a defesa terá cinco dias para alegações pontuais. Caso recorra, dependerá de despacho imediato do relator. Se Alexandre de Moraes considerar o recurso protelatório, pode rejeitá-lo na mesma decisão.

Com isso, a execução da pena pode ser determinada em seguida, abrindo o caminho para a prisão de Jair Bolsonaro em regime fechado — ainda que a defesa insista na tentativa de conversão para o regime domiciliar.

Assim, o cenário político e jurídico do país deve continuar dominado por esse processo nas próximas semanas. A avaliação é de que o episódio influenciará o debate público, o comportamento das bancadas no Congresso, o discurso de líderes partidários e a relação entre Executivo, Legislativo e Judiciário.

Em termos práticos, a possibilidade de ordem de prisão tem contribuído para aumentar a temperatura política e aprofundar as análises sobre governabilidade, articulação política e os rumos da oposição.

Tags: condenação Bolsonarodecisão STF Bolsonaropena Bolsonaroprisão Bolsonarosituação jurídica BolsonaroSTF Bolsonaro

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