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Home Economia

Preço do ouro ultrapassa US$ 4 mil e atinge recorde histórico em meio à crise global

23/10/2025
em Economia, Destaque, News
Preço Do Ouro Ultrapassa Us$ 4 Mil E Atinge Recorde Histórico Em Meio À Crise Global - Gazeta Mercantil - Economia

Ouro atinge valor recorde e ultrapassa US$ 4 mil: entenda o que impulsiona o preço do ouro e o que esperar do mercado em 2025

O preço do ouro alcançou um novo recorde histórico nesta terça-feira (7), superando a marca de US$ 4 mil por onça-troy pela primeira vez. O avanço reflete o aumento da demanda por ativos considerados seguros, em meio à volatilidade geopolítica, à inflação persistente e às tensões econômicas globais.

O metal precioso consolidou-se como a principal alternativa de proteção diante da instabilidade dos mercados, impulsionado por fatores que vão desde a fraqueza do dólar até o temor de recessão e as incertezas políticas nos Estados Unidos e na Europa.


Recorde histórico do preço do ouro

Na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York (Nymex), o contrato futuro do ouro para dezembro fechou em alta de 0,71%, a US$ 4.004,40 por onça-troy (R$ 21.404), registrando o maior valor de fechamento da história. Durante a sessão, o preço chegou à máxima intradiária de US$ 4.014,60 (R$ 21.458).

Essa sequência de valorização — a terceira consecutiva — reforça o ouro como um dos investimentos mais resilientes em tempos de crise. Desde o início de 2025, o ativo acumula valorização superior a 18%, superando índices de ações e moedas emergentes.


Crise política global eleva a busca por segurança

A disparada do preço do ouro está diretamente ligada à deterioração do ambiente político e econômico global.

Nos Estados Unidos, o governo segue paralisado há sete dias, com impasse entre democratas e republicanos sobre o orçamento federal. Já na Europa, a França enfrenta uma crise política sem precedentes após a renúncia do primeiro-ministro, o que provocou fuga de capitais e aumento na aversão ao risco.

Com a falta de clareza sobre o futuro das maiores economias do mundo, investidores globais têm recorrido ao ouro como ativo de proteção e reserva de valor. Historicamente, o metal é visto como um porto seguro em momentos de incerteza — comportamento que se repete agora, de forma acentuada.


Expectativas do mercado para o preço do ouro em 2026

Projeções de grandes consultorias financeiras indicam que o preço do ouro pode continuar subindo nos próximos meses.

O Banco Mundial e outras instituições financeiras apontam que, mesmo com possíveis correções, a tendência estrutural é de alta, sustentada por juros globais mais baixos, pressões inflacionárias e demanda contínua por ativos reais.

De acordo com analistas de mercado, o ouro pode alcançar US$ 4.400 por onça-troy (R$ 23.521) no primeiro semestre de 2026, mantendo-se em patamar elevado caso persistam as tensões geopolíticas e a incerteza sobre a política monetária dos Estados Unidos.


O papel do Federal Reserve e os riscos de correção

O Federal Reserve (Fed), banco central americano, é um dos principais fatores de influência sobre o preço do ouro.

A expectativa de corte nas taxas de juros tende a favorecer o metal, já que reduz o rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA e aumenta a atratividade de ativos que não pagam juros, como o ouro. No entanto, caso o Fed adote uma postura mais dura contra a inflação, os preços podem sofrer ajustes temporários.

Economistas avaliam que o mercado já opera com posições compradas significativas, o que aumenta a vulnerabilidade a movimentos de correção em caso de surpresas negativas na política monetária americana.


Inteligência artificial e diversificação de portfólio

Outro elemento que ajuda a explicar o movimento recente é o crescimento do setor de inteligência artificial (IA). O avanço tecnológico tem sustentado parte das valorizações nas bolsas dos EUA, mas também desperta cautela.

Para muitos investidores, o ouro funciona como um hedge contra a volatilidade dos ativos de tecnologia, caso o entusiasmo com a IA perca força. Essa estratégia de diversificação de portfólio reforça o apetite pelo metal precioso como um ativo essencial para equilibrar riscos.


Dólar enfraquecido impulsiona o ouro

O enfraquecimento do dólar americano tem sido outro catalisador relevante. Com os rendimentos dos títulos do Tesouro em queda e o aumento das expectativas de cortes de juros, o dólar perdeu força frente a outras moedas, abrindo espaço para a valorização do ouro.

Como o metal é cotado em dólares, um câmbio mais fraco tende a baratear o ouro para investidores internacionais, ampliando a demanda global. Esse fenômeno é particularmente notável em países asiáticos, como China e Índia, grandes consumidores de joias e ouro físico.


Ouro e o cenário macroeconômico global

O avanço do preço do ouro ocorre em um contexto de reavaliação global dos ativos de risco. Investidores estão migrando de mercados acionários — que registraram forte volatilidade em 2025 — para alternativas mais estáveis e tangíveis.

Além disso, cresce a preocupação com dívidas soberanas elevadas e instabilidades políticas. O metal, por ser finito e universalmente aceito, ganha espaço como proteção contra o risco de desvalorização de moedas e eventuais crises financeiras.


Perspectiva para os próximos meses

Nos próximos meses, o comportamento do preço do ouro deve continuar fortemente ligado à política monetária americana e ao cenário geopolítico internacional.

A manutenção da paralisação do governo dos EUA, somada à instabilidade política na Europa e ao enfraquecimento do dólar, forma um tripé de sustentação para novas altas.

Especialistas afirmam que, mesmo que ocorra uma correção de curto prazo, a tendência estrutural de valorização continua firme, sustentada por fundamentos sólidos de demanda e oferta restrita.


O ouro como reserva de valor e estratégia de proteção

Historicamente, o ouro sempre foi visto como símbolo de segurança e poder econômico. Em tempos de incerteza, a busca pelo metal cresce, refletindo a necessidade de preservar patrimônio em um ambiente de risco.

Em 2025, esse comportamento se intensificou: bancos centrais aumentaram suas reservas em ouro, investidores institucionais ampliaram posições e consumidores individuais retomaram o interesse em barras e moedas.

Esse movimento reforça a percepção de que o ouro continuará desempenhando papel essencial na arquitetura financeira global — seja como reserva estratégica, seja como ativo de diversificação.

O recorde do preço do ouro, acima de US$ 4 mil por onça-troy, simboliza mais do que um marco histórico: representa o reflexo direto das tensões geopolíticas, da insegurança econômica mundial e da busca por estabilidade em tempos de turbulência.

Com perspectivas positivas para 2026, o ouro segue como o ativo preferido de quem busca proteção, liquidez e valorização em um mundo cada vez mais imprevisível.

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