Ações de frigoríficos têm potencial de alta de 86,9% até 2026, aponta BB Investimentos
O setor de proteína animal no Brasil apresenta um cenário promissor para investidores, com destaque para as ações de frigoríficos que podem oferecer ganhos expressivos nos próximos anos. De acordo com análises do BB Investimentos, a combinação de forte demanda interna e externa, preços atrativos e volume recorde de exportações impulsiona o mercado, tornando as ações de frigoríficos uma oportunidade estratégica para 2025 e 2026.
Desempenho recente das ações de frigoríficos
Setembro foi um mês desafiador para o mercado de capitais brasileiro. O desempenho da maioria dos papéis acompanhados pelo BB Investimentos ficou abaixo do Ibovespa, refletindo a volatilidade e incertezas globais. Entretanto, o setor de proteína animal mostrou resiliência, com destaque para as ações de frigoríficos, especialmente MBRF (MBRF3), Minerva Foods (BEEF3) e JBS (JBSS32), que continuam recebendo recomendação de compra.
O destaque positivo ficou com Ourofino (OFSA3), que avançou 11,9%, superando o índice da Bolsa, enquanto MBRF (MBRF3) registrou queda de 12,9% em setembro, acumulando recuo de 21,2% até meados de outubro. Apesar das recentes perdas, o BB Investimentos mantém a perspectiva otimista, apontando preço-alvo de R$ 28,60 para MBRF, com potencial de alta de 86,9% até o final de 2026.
Fatores que impulsionam o setor
A força das ações de frigoríficos está diretamente relacionada a fatores fundamentais que sustentam o crescimento do setor:
1. Forte demanda interna e externa
O consumo de proteína animal segue em expansão, tanto no mercado interno quanto nas exportações. Em setembro, foram registrados volumes expressivos de embarques de carne bovina e suína, além do maior volume exportado de frango em 11 meses. Esse movimento reforça a perspectiva positiva para as ações de frigoríficos, mostrando que a demanda global continua resiliente.
2. Preços atrativos da proteína animal
O cenário de preços favoráveis garante margens mais confortáveis para os frigoríficos. Esse fator contribui para a estabilidade financeira das empresas do setor e aumenta o potencial de valorização das ações de frigoríficos no médio prazo.
3. Diversidade geográfica e operacional
Empresas como MBRF possuem presença diversificada em diferentes regiões e segmentos, reduzindo riscos e fortalecendo a posição competitiva no mercado internacional. A diversidade geográfica das operações é um diferencial que sustenta o interesse de investidores nas ações de frigoríficos.
4. Exportações recordes
Setembro marcou volumes recordes de exportação, especialmente de carne bovina, suína e frango, destacando o desempenho sólido do setor. O aumento das exportações impulsiona receitas e reforça o valor das ações de frigoríficos, atraindo capital estrangeiro.
Influência do mercado de grãos e fertilizantes
O desempenho das ações de frigoríficos também é impactado pelos preços dos insumos. No mercado de grãos, a soja caiu 3,4% na bolsa de Chicago (CBOT) em setembro, em função das tensões entre China e Estados Unidos. O milho, por outro lado, avançou 4,4%, favorecendo a negociação da safra 2024/25 e 2025/26 e reduzindo a diferença em relação à média histórica.
No segmento de fertilizantes, os preços registraram quedas expressivas: ureia caiu 7,5%, MAP recuou 6,4% e MOP teve redução de 0,9%. Essa redução nos custos de produção impacta positivamente a rentabilidade das empresas, fortalecendo o potencial das ações de frigoríficos.
Recomendações do BB Investimentos para frigoríficos
O BB Investimentos mantém recomendação de compra para as principais empresas do setor, com destaque para MBRF (MBRF3), que apresenta o maior potencial de valorização entre os frigoríficos analisados. Confira o quadro resumido de recomendações:
Além das empresas de proteína animal, outros papéis acompanhados pelo BB Investimentos, como Ambev (ABEV3), M Dias Branco (MDIA3), Ourofino (OFSA3), SLC Agrícola (SLCE3) e Boa Safra (SOJA3), também receberam recomendações de compra ou neutra, refletindo o desempenho diversificado do mercado.
Potencial de valorização até 2026
O destaque absoluto é MBRF (MBRF3), cujas ações de frigoríficos podem avançar até 86,9% até o final de 2026. Esse potencial é sustentado pela posição de liderança da empresa, pela diversidade geográfica das operações e pela demanda global resiliente por alimentos.
Investidores atentos ao setor de proteína animal têm a oportunidade de se posicionar em papéis estratégicos, aproveitando o momento positivo e a perspectiva de alta expressiva. Além de MBRF, JBS (JBSS32) e Minerva Foods (BEEF3) também apresentam potencial de valorização relevante, reforçando a atratividade das ações de frigoríficos.
Considerações para investidores
Para quem deseja investir em ações de frigoríficos, alguns pontos são fundamentais:
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Analisar o desempenho histórico: Entender a volatilidade e os padrões de crescimento do setor ajuda na tomada de decisão.
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Acompanhar o mercado externo: Exportações e demanda global impactam diretamente o preço das ações de frigoríficos.
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Avaliar insumos e custos de produção: Preços de grãos e fertilizantes influenciam margens e lucro líquido das empresas.
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Diversificação de portfólio: Investir em diferentes frigoríficos reduz riscos e aumenta a probabilidade de retorno consistente.
Perspectivas para 2025 e 2026
O cenário para as ações de frigoríficos segue positivo, mesmo diante de desafios econômicos e geopolíticos globais. O aumento da demanda por proteína animal, aliado a preços atrativos e exportações recordes, contribui para um ambiente favorável de investimento.
BB Investimentos destaca que a resiliência do setor, combinada com estratégias de expansão e diversificação, garante que as ações de frigoríficos continuem sendo uma opção sólida para investidores que buscam retorno acima da média do mercado.
O setor de proteína animal no Brasil oferece um momento estratégico para investidores interessados em ações de frigoríficos. Com perspectivas de valorização expressiva, destaque para MBRF (MBRF3) e recomendação de compra também para Minerva Foods (BEEF3) e JBS (JBSS32), o cenário é promissor para quem busca alocar capital em empresas resilientes e com forte potencial de crescimento.
A atenção aos fatores macroeconômicos, preços de insumos, demanda global e estratégias corporativas será essencial para maximizar os ganhos e reduzir riscos nesse setor dinâmico do mercado brasileiro.






