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MPF pede informações ao Rio sobre uso de recursos federais em operação que deixou 121 mortos

Ministério Público Federal cobra do governo do Rio relatórios sobre aplicação de verbas do Fundo Nacional de Segurança Pública na megaoperação mais letal da história

05/11/2025
em Política, Destaque, News
Mpf Pede Informações Ao Rio Sobre Uso De Recursos Federais Em Operação Que Deixou 121 Mortos - Gazeta Mercantil

MPF pede explicações sobre uso de recursos federais em operação no Rio que deixou 121 mortos

O Ministério Público Federal (MPF) requisitou nesta terça-feira (4/11) informações detalhadas ao governo do Rio de Janeiro sobre o possível uso de recursos federais na megaoperação policial contra o Comando Vermelho, realizada nos complexos do Alemão e da Penha, que resultou na morte de 121 pessoas — número que torna a ação a mais letal da história do estado.

O pedido, feito pelo procurador da República Eduardo Benones, busca apurar se verbas do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) foram utilizadas durante a ação, que gerou denúncias de violações de direitos humanos, incluindo execuções sumárias, mutilações e uso excessivo da força.

A iniciativa faz parte de um procedimento administrativo já em andamento desde abril, criado para fiscalizar a destinação de recursos federais à segurança pública no estado, conforme determinações do Supremo Tribunal Federal (STF) na chamada ADPF das Favelas.


MPF operação Rio: apuração busca transparência no uso das verbas federais

A ADPF das Favelas, julgada pelo Supremo, determinou que o MPF acompanhasse a aplicação de verbas federais voltadas à redução da letalidade policial e à proteção dos direitos humanos no Rio de Janeiro.

Nesse contexto, a solicitação do MPF exige do estado esclarecimentos sobre o planejamento, a execução e a origem dos recursos empregados na megaoperação que mobilizou 2.500 agentes para cumprir 100 mandados de prisão.

O órgão quer saber se equipamentos, veículos e armas adquiridos com recursos federais foram utilizados na ação e se a execução do orçamento seguiu as finalidades legais do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), que prevê investimentos em prevenção à violência e melhoria da transparência policial.

Além disso, o MPF requisitou dados sobre as medidas de controle e integridade das câmeras corporais utilizadas pelos agentes, cobrando o envio de relatórios de gravação, armazenamento e auditoria das imagens, especialmente diante das denúncias de possíveis abusos cometidos durante a operação.


Operação no Rio é a mais letal da história e gera reação nacional

A operação, deflagrada na madrugada da última terça-feira, foi classificada como a mais violenta já registrada no Rio de Janeiro. O saldo foi de 121 mortos, entre moradores das comunidades e quatro policiais, segundo balanço oficial.

O confronto teve início quando as equipes de segurança foram recebidas a tiros por integrantes do Comando Vermelho, que controlam as áreas dos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte da capital.

O episódio paralisou a rotina da região metropolitana: escolas suspenderam aulas, hospitais operaram em regime de emergência e linhas de transporte público foram interrompidas.

As imagens e relatos que circularam após a operação provocaram forte reação de entidades de direitos humanos, que questionam a proporcionalidade da ação policial e cobram investigação independente sobre as mortes.


Foco do MPF: direitos humanos e responsabilização internacional

No despacho encaminhado ao governo fluminense, o procurador Eduardo Benones destacou que o número de mortes e as denúncias de violência excessiva podem configurar graves violações de direitos humanos e gerar responsabilização internacional do Estado brasileiro.

O MPF reforça que o uso de recursos federais em ações que contrariem as diretrizes de redução da letalidade policial e proteção da vida civil fere diretamente as normas estabelecidas pelo STF e por tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário, como o Pacto de San José da Costa Rica e a Convenção Interamericana de Direitos Humanos.

Caso o órgão confirme o emprego indevido das verbas do FNSP, o estado poderá ser responsabilizado por má gestão de recursos federais e sofrer restrições futuras de repasses.


O que é o Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP)

O FNSP é um fundo vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, destinado a financiar ações estratégicas voltadas ao aprimoramento da segurança pública em estados e municípios.

Os recursos devem ser aplicados em áreas como:

  • Capacitação de policiais e gestores de segurança;

  • Equipamentos e tecnologias de monitoramento;

  • Políticas de prevenção à violência;

  • Programas de combate à letalidade policial e à corrupção.

Ao requisitar informações sobre o uso do fundo, o MPF operação Rio busca garantir transparência, controle e legalidade na aplicação dessas verbas, evitando que recursos federais sejam desviados para ações sem amparo nas finalidades do programa.


Pedidos de informação e próximos passos da investigação

Além do ofício enviado ao Comitê Gestor do FNSP, o MPF também cobrou respostas da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Rio de Janeiro, responsável pelo planejamento e execução da operação.

A secretaria deverá encaminhar:

  • Relatórios completos sobre o planejamento da megaoperação;

  • Identificação dos órgãos e comandos envolvidos;

  • Detalhamento de equipamentos e veículos utilizados, indicando origem dos recursos;

  • Comprovação de uso de câmeras corporais e medidas de integridade;

  • Plano de mitigação de riscos à população civil;

  • Documentos que comprovem a transparência da operação e o respeito às normas de direitos humanos.

As informações subsidiarão a análise técnica do MPF, que decidirá se há indícios de irregularidades ou desvio de finalidade no uso das verbas federais.


Contexto jurídico: o papel do STF e a ADPF das Favelas

A atuação do MPF na operação do Rio se baseia na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, conhecida como ADPF das Favelas.

Essa decisão histórica do STF estabeleceu limites e condições para a realização de operações policiais em comunidades do Rio, determinando que:

  • Ações devem ocorrer apenas em casos excepcionais;

  • O MPF e o Ministério Público estadual devem ser comunicados previamente;

  • Devem ser respeitados os protocolos de segurança e proteção à vida;

  • O uso de verbas federais deve priorizar políticas de prevenção e redução da letalidade.

Ao solicitar esclarecimentos, o MPF cumpre o papel de fiscal da lei e garantidor dos direitos fundamentais, conforme definido pela Suprema Corte.


Pressão política e reações à operação

A operação nos complexos da Penha e do Alemão também provocou tensões entre o governo federal e o estado do Rio de Janeiro.

Integrantes do <strong data-start=”7104″ data-end=”7149″>Ministério da Justiça e Segurança Pública demonstraram preocupação com o alto número de mortes, enquanto parlamentares e organizações civis pediram maior controle federal sobre operações em áreas urbanas densamente povoadas.

Por outro lado, autoridades estaduais defendem que a ação foi necessária para enfrentar o crime organizado, alegando que as forças de segurança foram alvejadas por criminosos fortemente armados.

O governador Cláudio Castro ainda não se pronunciou oficialmente sobre o pedido do MPF, mas fontes do governo indicam que o estado deve enviar os relatórios solicitados nos próximos dias.


Cenário de violência e desafios da segurança pública no Rio

O caso reacende o debate sobre a efetividade das operações policiais de grande escala no combate ao crime organizado.

Nos últimos anos, o Rio de Janeiro tem registrado altos índices de letalidade policial, o que levou o STF a estabelecer protocolos de controle e transparência sobre o uso da força.

Especialistas alertam que ações militares sem planejamento social paralelo tendem a agravar a desconfiança entre comunidades e autoridades, além de gerar custos sociais e diplomáticos para o país.

Nesse sentido, o acompanhamento do MPF operação Rio ganha relevância ao exigir prestação de contas sobre a utilização de recursos públicos e respeito aos direitos humanos.


Próximas etapas: responsabilização e possíveis medidas

Com base nas informações recebidas, o MPF poderá:

  1. Abrir inquérito civil público para apurar possíveis irregularidades;

  2. Recomendar a suspensão de repasses federais ao estado, caso haja indícios de desvio de finalidade;

  3. Encaminhar relatório ao STF e à ONU, em caso de violação grave de direitos humanos;

  4. Propor ações judiciais para responsabilizar autoridades e gestores.

O procedimento será conduzido pela Procuradoria da República no Rio de Janeiro, sob supervisão do MPF em Brasília, garantindo amplitude e imparcialidade na investigação.


Transparência e controle no uso de recursos públicos

O pedido do MPF sobre a operação no Rio reforça a importância da transparência na gestão dos recursos federais e da responsabilidade institucional nas ações de segurança pública.

A análise do caso poderá definir novos parâmetros para o uso do Fundo Nacional de Segurança Pública, equilibrando o combate ao crime com a preservação da vida e dos direitos fundamentais.

Enquanto isso, o Brasil acompanha com atenção o desenrolar das investigações, em busca de respostas sobre como uma operação financiada com dinheiro público se transformou em tragédia sem precedentes.

Tags: ADPF das FavelasComando Vermelho Riodireitos humanos RioFNSPFundo Nacional de Segurança Públicaletalidade policial Riomegaoperação RioMPF operação RioMPF pede informaçõesoperação no Alemão e Penha

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