Pesquisa AtlasIntel mostra Lula líder no 1º turno e em empate técnico com Tarcísio e Michelle no 2º
A mais recente pesquisa AtlasIntel divulgada nesta semana aponta um cenário eleitoral de forte competitividade para a disputa presidencial de 2026. Embora o levantamento indique que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera todas as simulações de primeiro turno, o cenário de segundo turno revela um embate muito mais equilibrado, com empates técnicos envolvendo Tarcísio de Freitas e Michelle Bolsonaro.
Os números revelam um ambiente político tensionado, marcado pelo desgaste natural de governo, pela reorganização da oposição e por um eleitorado dividido, o que coloca a sucessão presidencial como uma das mais disputadas desde a redemocratização. A pesquisa AtlasIntel também identifica oscilações importantes na avaliação do governo federal, indicando mudança de humor em setores do eleitorado.
As projeções divulgadas reforçam que o processo eleitoral de 2026 começa a se consolidar muito antes da abertura oficial do calendário, com movimentos estratégicos nos bastidores e reposicionamento de lideranças políticas já observados no cenário nacional.
Pesquisa AtlasIntel coloca Lula à frente em todos os cenários do primeiro turno
Em sua simulação principal, a pesquisa AtlasIntel mostra Lula com 48,7% das intenções de voto no primeiro turno, em disputa direta com Michelle Bolsonaro, que marca 28,6%. A distância entre ambos permanece ampla, embora o desempenho da ex-primeira-dama consolide sua posição como principal nome do campo bolsonarista para uma eventual sucessão.
Além deles, a simulação inclui outros nomes do espectro político: Ronaldo Caiado aparece com 9,4%, Ratinho Jr. com 5%, Romeu Zema com 4,4% e Renan Santos com 2,1%. Votos em branco e nulos somam 1,4%, enquanto 0,4% dos entrevistados afirmam não saber em quem votar.
Esse resultado reforça a força eleitoral de Lula em cenários fragmentados, onde a dispersão de candidaturas tende a ampliar o peso de candidatos amplamente conhecidos. A pesquisa AtlasIntel revela que o presidente segue sustentado por um núcleo duro consistente, capaz de colocá-lo na liderança com folga no primeiro turno.
Tarcísio de Freitas se consolida como contraponto competitivo
Em outra simulação da pesquisa AtlasIntel, Lula aparece com 48,4% das intenções de voto em um cenário que inclui Tarcísio de Freitas, que obtém 32,5%. O governador de São Paulo emerge como um dos principais antagonistas de Lula e, segundo analistas políticos, sua trajetória administrativa no estado fortalece seu apelo entre eleitores de centro-direita.
Nessa modelagem, Caiado e Ratinho Jr. aparecem empatados com 5,7% cada. Romeu Zema alcança 2,3%, enquanto Renan Santos registra 1,9%. Votos brancos e nulos somam 3,2%.
Comparando o resultado com o levantamento anterior, realizado em outubro, observa-se uma queda de Lula de 51,3% para 48,4%, enquanto Tarcísio sobe de 30,4% para 32,5%. Essa variação demonstra que, embora o presidente mantenha vantagem, o cenário para o segundo turno tende a ser mais equilibrado.
A pesquisa AtlasIntel evidencia uma tendência de fortalecimento do governador paulista, que consegue agregar diferentes segmentos da direita tradicional, além de apresentar competitividade em estados-chave.
Empate técnico domina cenários de segundo turno, aponta pesquisa AtlasIntel
Quando a disputa é projetada para o segundo turno, o retrato eleitoral muda substancialmente. De acordo com a pesquisa AtlasIntel, o presidente Lula empataria tecnicamente com Tarcísio de Freitas e Michelle Bolsonaro.
A margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos coloca os cenários no limite da indefinição:
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Lula x Tarcísio de Freitas
Lula: 49%
Tarcísio: 47%
Branco/nulo/não sei: 4% -
Lula x Michelle Bolsonaro
Lula: 49%
Michelle: 47%
Branco/nulo/não sei: 4%
A pesquisa AtlasIntel mostra ainda que Bolsonaro também empataria com Lula em um eventual segundo turno. No entanto, além de estar inelegível pelos próximos 35 anos, o ex-presidente cumpre pena de 27 anos e 3 meses por participação em tentativa de golpe de Estado. Mesmo impedido de concorrer, Bolsonaro ainda exerce forte influência no campo conservador, impactando o desempenho de figuras como Michelle e Tarcísio.
Zema, Caiado e Ratinho têm desempenho inferior no segundo turno
As simulações envolvendo Romeu Zema, Ronaldo Caiado e Ratinho Jr. mostram vantagem mais confortável para o presidente Lula. Segundo a pesquisa AtlasIntel:
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Lula x Romeu Zema
Lula: 49%
Zema: 41% -
Lula x Ronaldo Caiado
Lula: 49%
Caiado: 41% -
Lula x Ratinho Jr.
Lula: 49%
Ratinho Jr.: 40%
O levantamento indica que os nomes ligados ao campo liberal ou de centro-direita enfrentam dificuldades de ampliar sua base eleitoral para além de redutos regionais, o que reduz sua competitividade em disputas nacionais.
Erosão da aprovação: pesquisa AtlasIntel mostra desgaste progressivo do governo
Outro ponto relevante do levantamento é a queda na aprovação do governo. De acordo com a pesquisa AtlasIntel, a aprovação de Lula caiu de 51,2% para 48,6%, enquanto a desaprovação subiu de 48,1% para 50,7%. O resultado coloca o governo em uma curva descendente em relação ao humor da opinião pública.
O levantamento também aponta aumento das avaliações negativas na percepção sobre áreas como:
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Responsabilidade fiscal e controle de gastos
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Segurança pública
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Justiça e combate à corrupção
Esses dados sugerem que o governo enfrenta desafios significativos na percepção pública, especialmente em campos considerados sensíveis para eleitores indecisos e moderados.
Fatores que explicam a força de Lula no primeiro turno, mesmo diante do desgaste
A pesquisa AtlasIntel revela que, apesar da queda na aprovação, Lula mantém forte desempenho no primeiro turno. Especialistas indicam alguns fatores que explicam essa resiliência:
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Alta lembrança espontânea de seu nome na memória eleitoral.
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Base consolidada, especialmente no Nordeste.
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Fragmentação da oposição, que ainda não definiu uma candidatura unificada.
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Rejeição a Bolsonaro, que continua elevada mesmo após sua saída do processo eleitoral.
Além disso, Lula ainda mantém vantagem entre eleitores mais velhos, mulheres e pessoas de baixa renda, faixas que historicamente respondem bem às políticas de proteção social.
A ascensão de Tarcísio e Michelle: o que diz a pesquisa AtlasIntel
O avanço de Tarcísio de Freitas e Michelle Bolsonaro revela um movimento importante no campo conservador. O governador paulista apresenta desempenho robusto entre eleitores de centro-direita e ampla aprovação entre empresários e setores produtivos.
Michelle, por sua vez, consolida seu nome entre eleitores evangélicos, grupo decisivo nas disputas recentes. A pesquisa AtlasIntel aponta que sua performance demonstra a força do capital político acumulado durante os anos de governo Bolsonaro.
Analistas avaliam que a possível presença de ambos no cenário eleitoral de 2026 pode dividir a direita caso não haja consenso sobre uma candidatura única, reduzindo o potencial de transferência de votos.
Pesquisa AtlasIntel mostra ambiente eleitoral marcado por polarização duradoura
A análise dos números evidencia que a polarização política permanece como elemento estrutural do debate eleitoral. A disputa entre um representante da esquerda e um nome ligado ao bolsonarismo segue sendo o cenário mais provável.
A pesquisa AtlasIntel mostra que, apesar das variações, o país continua dividido entre dois grandes blocos, dificultando a ascensão de candidaturas alternativas. As chances de um nome de terceira via romper esse ciclo permanecem pequenas, ainda que figuras como Caiado, Ratinho Jr. e Zema mantenham seus espaços regionais.
Pesquisa AtlasIntel projeta uma das eleições mais acirradas desde 1989
Ao consolidar Lula como favorito no primeiro turno, mas tecnicamente empatado com Tarcísio e Michelle no segundo turno, a pesquisa AtlasIntel revela um cenário eleitoral mais imprevisível do que se imaginava.
O levantamento indica que, embora o presidente mantenha capital político suficiente para liderar as primeiras intenções de voto, sua vantagem se dilui quando o quadro se simplifica para dois nomes, especialmente quando enfrenta figuras fortes da direita.
Com oscilações de aprovação e movimentos estratégicos da oposição, as eleições de 2026 tendem a ser uma das mais disputadas da história recente, exigindo atenção redobrada de analistas, partidos e do próprio eleitorado.






