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Home Política

Senado cancela sabatina de Jorge Messias e pressiona Lula

02/12/2025
em Política, Destaque, News
Senado Cancela Sabatina De Jorge Messias E Pressiona Lula - Gazeta Mercantil

Cancelamento da sabatina de Jorge Messias expõe crise entre Lula e Senado e adia definição para o STF

A decisão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), de suspender o cronograma da sabatina de Jorge Messias, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Supremo Tribunal Federal (STF), agravou a tensão política entre o Executivo e o Legislativo. O anúncio, feito nesta terça-feira, alterou completamente o rumo das negociações internas e evidenciou o desgaste na relação entre Lula e parte expressiva do Senado, especialmente no momento em que o governo busca recompor articulações antes do recesso parlamentar.

Ao justificar o cancelamento da sabatina de Jorge Messias, Alcolumbre foi enfático ao afirmar que a ausência de envio formal da documentação necessária pelo Poder Executivo compromete o trâmite regimental e abre margem para questionamentos futuros. O presidente da Casa classificou a situação como “grave e sem precedentes”, em um recado direto ao Planalto, que, segundo ele, falhou em cumprir o procedimento básico para iniciar a tramitação da indicação.

A crise se intensifica porque Messias enfrenta resistência entre senadores desde o anúncio de sua indicação em 20 de novembro. O prazo inicialmente fixado — apenas 20 dias entre o anúncio e a votação — foi considerado curto até mesmo por aliados, que pediam mais tempo para articulação política. A suspensão do calendário, portanto, reabre o jogo político e amplia as incertezas sobre a consolidação da vaga no Supremo.

Um atrito que se transforma em embate institucional

O impasse sobre o cancelamento da sabatina de Jorge Messias se insere em um ambiente já marcado por divergências entre Senado e Executivo. Para Davi Alcolumbre, a responsabilidade pela interrupção do processo é integralmente do Planalto, que não enviou a mensagem formal de indicação, documento indispensável para que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) possa abrir o rito de sabatina.

A decisão expõe um atrito institucional relevante. A prerrogativa de indicar ministros ao STF é exclusiva do presidente da República, mas cabe ao Senado, de forma autônoma, conduzir a análise e a aprovação. Nesse caso, a ausência do documento oficial impede o início das etapas regimentais e cria o argumento político que Alcolumbre utilizou para responsabilizar o Planalto.

A situação provoca desgaste adicional, pois o nome de Messias foi recebido com forte resistência por parte de setores do Senado que preferiam um perfil diferente para a vaga. Um dos nomes mais defendidos nos bastidores era o do próprio Rodrigo Pacheco, que presidiu a Casa e mantém influência expressiva entre parlamentares.

Resistência interna e disputa por poder

O cenário de resistência ficou mais evidente à medida que Messias iniciou uma série de conversas internas para reduzir a rejeição. Mesmo com apoio de aliados do governo e de parte do PT, sua indicação não encontrou consenso. Senadores mais alinhados ao centro e à direita questionam sua proximidade com Lula e com setores jurídicos do governo.

A leitura de Alcolumbre de que o cronograma seria precipitado encontrou eco entre parlamentares que viam risco de desgaste político ao realizar a sabatina sem que Messias tivesse tempo adequado para consolidar apoio. A suspensão, portanto, atende também a uma demanda interna por mais espaço de negociação.

Nesse contexto, o cancelamento da sabatina de Jorge Messias reflete não apenas um problema procedimental, mas uma disputa política mais ampla sobre o perfil ideológico do STF e sobre o próprio poder do Senado no processo de nomeações.

Uma aliança fragilizada

A articulação entre Lula e Alcolumbre esteve afinada na primeira metade do mandato, marcada por apoio consistente do Senado a projetos estratégicos do Executivo. No entanto, a indicação de Messias provocou um abalo considerável. O senador do Amapá deixou claro que esperava outro nome, alinhado a setores que compõem sua base política.

A suspensão do cronograma revela que a relação não apenas se desgastou, mas se tornou um terreno de disputa. O gesto, em vez de meramente técnico, foi interpretado como uma demonstração de força: ao paralisar o processo, Alcolumbre mostra que o Senado não aceitará indicações consideradas desalinhadas sem que haja negociação prévia e construção política sólida.

No Planalto, a reação foi de surpresa e preocupação. A expectativa era que o rito seguisse adiante, ainda que enfrentando desgaste e resistência. O adiamento abre um flanco político sensível, especialmente em um momento em que o governo tenta reorganizar bases de apoio para votações fundamentais.

Um processo que agora depende do tempo político

O cancelamento da sabatina de Jorge Messias também cria uma nova variável: o tempo. A proximidade do recesso legislativo e o calendário apertado tornam improvável que uma nova data seja estabelecida imediatamente. A tendência é que a tramitação só seja retomada em 2026, ampliando a incerteza sobre o futuro da indicação.

Esse adiamento é considerado prejudicial a Messias, que perde força em um ambiente político que se transforma a cada semana. A demora dará espaço para articulações contrárias e para que grupos resistentes consolidem estratégias para inviabilizar a aprovação.

Além disso, a escolha de Lula para o STF torna-se alvo de debate público mais amplo. Setores da oposição já intensificam críticas, afirmando que a indicação representaria “ideologização” da Corte. Mesmo dentro da base governista há setores que consideram o nome de Messias mais difícil de ser aprovado que outras alternativas.

Tensões políticas e impacto no Supremo

A disputa em torno do cancelamento da sabatina de Jorge Messias não ocorre isoladamente. O STF está em momento delicado, com temas de alta tensão política chegando à pauta e com a necessidade de recomposição após aposentadorias recentes. Cada cadeira tem peso direto na configuração da Corte e na direção das próximas decisões de repercussão nacional.

A indicação de Messias, vista inicialmente como triunfo do governo, agora enfrenta um obstáculo institucional considerável. A relação entre Lula e o Senado, que era marcada por pragmatismo, agora atravessa período de incertezas.

A escolha de Messias contraria parte do centro político do Senado, que esperava nome de perfil mais moderado e de maior trânsito interno. Ao forçar uma indicação que enfrenta resistência, o Planalto arrisca desgaste nas articulações para outras votações essenciais.

Os argumentos de Alcolumbre

A decisão do presidente do Senado foi acompanhada por discurso firme. Alcolumbre afirmou que, sem o envio formal da mensagem de Lula com a indicação e a documentação completa, não há possibilidade regimental de realizar a sabatina.

Segundo ele, seguir com o processo sem o documento configuraria “vício formal”, podendo levar a contestações judiciais que comprometeriam todo o rito. Para evitar que a indicação fosse questionada no futuro, Alcolumbre determinou não apenas a suspensão, mas o cancelamento integral do cronograma anteriormente anunciado.

A fala foi considerada dura até entre aliados. O gesto, no entanto, alinha-se à estratégia política de reforçar a autonomia do Senado e sua prerrogativa constitucional.

O impacto para o governo

A interrupção do processo tem efeito direto sobre o governo. Lula apostava na rápida aprovação de Messias para consolidar maioria sólida no Supremo e garantir influência sobre decisões estratégicas. O atraso compromete esse plano e aumenta o desgaste em um momento em que a relação do Executivo com o Congresso já apresenta sinais de fadiga.

O Planalto tenta, agora, reorganizar a articulação política. Ministros e líderes da base no Senado se mobilizam para reconstruir pontes com Alcolumbre e entender quais concessões ou ajustes serão necessários para retomar o processo. Entretanto, interlocutores reconhecem que a crise não será resolvida rapidamente.

O episódio também reforça a percepção de que Lula enfrenta dificuldade crescente para aprovar nomes em posições estratégicas. A rejeição de setores do Senado ao perfil de Messias é um sinal claro de que o Planalto terá de negociar cada etapa com mais cuidado daqui em diante.

Repercussão entre senadores

Nos corredores do Congresso, a decisão de Alcolumbre recebeu apoio de parlamentares que consideram o procedimento parte legítima da defesa institucional da Casa. Senadores mais independentes interpretam o ato como medida necessária para corrigir falhas do Executivo.

Já aliados de Messias avaliam que o cancelamento da sabatina de Jorge Messias será revertido assim que a documentação for enviada. No entanto, reconhecem que o atraso fortalece grupos contrários à indicação e cria um ambiente desfavorável.

Parlamentares de oposição comemoraram o desgaste do governo e declararam que a suspensão expõe fragilidades internas na articulação política de Lula.

As próximas etapas

Com o processo suspenso, o Planalto precisa enviar a documentação exigida para que o Senado possa retomar o rito. Uma vez recebida, caberá à CCJ elaborar novo calendário. No entanto, não há garantia de que a nova data será breve.

O rito de sabatina exige análise do currículo do indicado, elaboração de relatório, votação na comissão e, por fim, apreciação em plenário, onde Messias precisará de no mínimo 41 votos favoráveis.

O governo acredita ter votos suficientes, mas a demora tende a ampliar incertezas. A indicação se tornou alvo de disputa política intensa, e qualquer movimento errado pode custar caro à articulação.

Um teste de força institucional

O cancelamento da sabatina de Jorge Messias não é apenas um contratempo administrativo. Trata-se de um teste importante para medir o equilíbrio de poder entre Executivo e Legislativo, além de revelar o peso crescente do Senado em decisões estratégicas para o governo Lula.

O episódio marca uma inflexão nas relações políticas em Brasília e sinaliza que, para consolidar sua agenda judicial, o Planalto precisará reconstruir pontes, ajustar estratégias e responder a um Senado cada vez mais disposto a exercer plenamente suas prerrogativas.

Tags: articulação política no CongressoCCJ do Senadocrise entre poderesindicação ao STFJorge Messias STFLula e Alcolumbresabatina no Senado

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