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Selic vai cair em 2026: como se preparar e onde investir com a queda dos juros

por Álvaro Lima - Repórter de Economia
23/12/2025
em Economia, Destaque, News
Selic Vai Cair Em 2026: Como Se Preparar E Onde Investir Com A Queda Dos Juros - Gazeta Mercantil

Selic vai cair em 2026 e redesenha o mapa dos investimentos no Brasil

A perspectiva de que a Selic vai cair em 2026 já se consolidou como um dos principais vetores de análise do mercado financeiro brasileiro no encerramento de 2025. após um longo período de juros restritivos, que levou a taxa básica a patamares elevados para conter a inflação e ancorar expectativas fiscais, o cenário projetado para o próximo ano combina alívio monetário, oportunidades de valorização de ativos e, ao mesmo tempo, um ambiente marcado por riscos fiscais e políticos relevantes.

As projeções medianas indicam que a Selic, atualmente em torno de 15%, pode encerrar 2026 próxima de 12%, inaugurando um ciclo de cortes que tende a se iniciar já no primeiro trimestre do ano. O consenso entre grandes casas de análise é de que a Selic vai cair em 2026 de forma gradual, acumulando cerca de 300 pontos-base de redução até dezembro. Essa trajetória, embora não represente juros baixos em termos históricos, altera significativamente o comportamento esperado dos investimentos, tanto na renda fixa quanto na renda variável.

O movimento não ocorre de forma isolada. A expectativa de flexibilização monetária nos Estados Unidos, conduzida pelo Federal Reserve, contribui para um ambiente global mais favorável aos ativos de risco, especialmente em economias emergentes como o Brasil. A combinação entre corte de juros domésticos, maior liquidez internacional e ajustes na curva de juros cria um pano de fundo considerado promissor, ainda que permeado por volatilidade.

O novo ciclo monetário e seus impactos estruturais

A leitura predominante do mercado é que o ciclo mais duro de aperto monetário já ficou para trás. Mesmo antes de a taxa básica começar efetivamente a cair, a curva de juros de longo prazo passou por forte ajuste ao longo de 2025. Isso significa que boa parte do movimento de precificação já ocorreu, beneficiando ativos sensíveis à expectativa de juros futuros.

Nesse contexto, o entendimento de que a Selic vai cair em 2026 não deve ser encarado como um gatilho pontual, mas como uma mudança estrutural no ambiente financeiro. O investidor que espera a confirmação dos primeiros cortes tende a perder parte relevante das oportunidades, uma vez que o mercado se antecipa às decisões do Banco Central.

O cenário base considera que a autoridade monetária adotará uma postura cautelosa, calibrando os cortes de acordo com o comportamento da inflação, das expectativas e, sobretudo, da política fiscal. A inflação projetada para 2026 gira em torno de 4,1% a 4,2%, acima do centro da meta, o que limita movimentos mais agressivos de flexibilização.

Renda fixa ainda no centro das carteiras

Mesmo com a perspectiva de que a Selic vai cair em 2026, a renda fixa permanece como um dos pilares das estratégias de investimento. A taxa básica deve encerrar o próximo ano ainda em patamar considerado restritivo, garantindo retorno real relevante, especialmente em títulos bem selecionados.

Os pós-fixados atrelados ao CDI continuam exercendo papel central para quem busca liquidez e previsibilidade. Embora o retorno absoluto desses papéis tenda a diminuir gradualmente ao longo do ciclo de cortes, eles seguem competitivos frente ao risco assumido, sobretudo em um ambiente de incerteza fiscal e política.

Ao mesmo tempo, o fechamento da curva de juros favorece títulos prefixados e papéis atrelados à inflação com vencimentos mais longos. A lógica é simples: quando o mercado passa a enxergar uma trajetória descendente para a Selic, os títulos contratados a taxas mais altas se valorizam, gerando ganhos relevantes antes mesmo do vencimento.

Nesse cenário, a seleção de emissores se torna ainda mais decisiva. A busca por retorno não pode ignorar o risco de crédito, especialmente em um ambiente no qual a desaceleração econômica pode pressionar balanços corporativos. A diversificação entre diferentes indexadores e prazos surge como estratégia fundamental para atravessar o ciclo com maior estabilidade.

A Bolsa brasileira diante da queda dos juros

A expectativa de que a Selic vai cair em 2026 também redesenha o panorama do mercado de ações. Após um desempenho robusto em 2025, quando a Bolsa brasileira superou importantes índices internacionais, o principal motor para 2026 tende a ser justamente a flexibilização monetária.

Historicamente, ciclos de corte de juros no Brasil e nos Estados Unidos são positivos para o mercado acionário, pois reduzem o custo de capital, estimulam investimentos e aumentam o valor presente dos fluxos de caixa futuros das empresas. No entanto, o efeito não é homogêneo entre os setores.

O foco recai sobre companhias com balanços sólidos, geração de caixa previsível e capacidade de repassar custos. Setores regulados, como energia elétrica e saneamento, ganham destaque pela estabilidade de receitas, especialmente em momentos de maior ruído político. Empresas com modelos de negócio menos dependentes de crédito caro também tendem a se beneficiar mais rapidamente do novo ciclo.

Além disso, segmentos intensivos em financiamento, como aluguel de veículos e construção, aparecem como potenciais beneficiários da redução das taxas de juros. A queda no custo de capital impacta diretamente a rentabilidade dessas operações, melhorando margens e perspectivas de crescimento.

Fundos imobiliários e o efeito da curva de juros

Os fundos imobiliários surgem como outra classe de ativos diretamente impactada pela percepção de que a Selic vai cair em 2026. Com juros mais baixos, o custo de oportunidade diminui, tornando os rendimentos imobiliários mais atrativos em comparação à renda fixa tradicional.

O fechamento da curva de juros favorece especialmente os fundos mais sensíveis às variações de mercado, como os Fundos de Fundos, que concentram cotas de outros FIIs e capturam ganhos de capital em ciclos de valorização. Esses veículos tendem a se beneficiar de movimentos mais amplos de recuperação do setor.

Para perfis mais conservadores, os fundos de recebíveis imobiliários continuam oferecendo uma combinação interessante de retorno e menor volatilidade, especialmente aqueles com lastro em créditos de boa qualidade. A diversificação entre diferentes tipos de FIIs aparece como estratégia relevante para equilibrar renda e potencial de valorização.

O peso dos gastos públicos no cenário de 2026

Apesar do otimismo moderado em torno dos investimentos, o principal fator de risco permanece sendo a política fiscal. As projeções indicam uma relação dívida/PIB elevada, próxima de 79%, e um déficit nominal significativo. Esse quadro limita o espaço para cortes mais agressivos na taxa básica e mantém o risco país no radar dos investidores.

Caso surjam sinais de deterioração fiscal mais intensa, o ritmo de flexibilização monetária pode ser menor do que o esperado. Isso reforça a importância de estratégias defensivas e da manutenção de ativos que protejam o portfólio contra choques inesperados.

Ao mesmo tempo, medidas de estímulo previstas para 2026, como desonerações e subsídios, podem sustentar o consumo e evitar uma desaceleração mais forte da atividade econômica. Esse equilíbrio delicado entre estímulo e responsabilidade fiscal será determinante para o comportamento dos mercados.

Eleições e aumento da volatilidade

Outro elemento central para entender por que a Selic vai cair em 2026, mas em um ambiente instável, é o calendário político. A partir do segundo trimestre, com a definição das candidaturas presidenciais, a volatilidade tende a aumentar de forma significativa.

A disputa eleitoral costuma elevar a aversão ao risco, sobretudo quando envolve projetos econômicos distintos e incertezas sobre a condução da política fiscal após o pleito. Nesse contexto, investidores tendem a adotar posturas mais cautelosas, reforçando a diversificação e reduzindo exposições excessivas a ativos mais voláteis.

A leitura do mercado estará fortemente concentrada na sinalização sobre a rota fiscal a partir de 2027. A credibilidade das propostas e o compromisso com o equilíbrio das contas públicas serão determinantes para a sustentabilidade do ciclo de queda dos juros.

Estratégia, diversificação e visão de longo prazo

Diante desse conjunto de fatores, a constatação de que a Selic vai cair em 2026 deve servir como ponto de partida para uma estratégia bem estruturada, e não como convite a movimentos impulsivos. O novo ciclo monetário abre oportunidades relevantes, mas exige disciplina, diversificação e atenção aos riscos.

A combinação entre renda fixa ainda atrativa, Bolsa beneficiada pelo custo de capital menor e fundos imobiliários em processo de recuperação cria um ambiente fértil para quem adota visão de médio e longo prazo. Ao mesmo tempo, o investidor precisa estar preparado para conviver com episódios de volatilidade, sobretudo em função do cenário político e fiscal.

Mais do que tentar antecipar movimentos de curto prazo, o desafio central será montar carteiras resilientes, capazes de atravessar 2026 capturando ganhos e, ao mesmo tempo, protegendo o patrimônio em um ambiente de transição econômica.

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